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Mais um banco prevê taxa Selic em 4,75% no fim do ano

Depois do Bank of America, os economistas do Bradesco também projetam que a taxa básica de juros da economia feche 2019 abaixo de 5%

Bárbara Leite

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No último encontro, de 31 de julho, o BC cortou a Selic de 6,50% para 6% ao ano–Foto: PIxabay

Apesar do dólar alto ante o real, os economistas do Bradesco esperam uma continuidade do processo de redução de juros, prevendo que a taxa básica, a Selic, feche o ano em 4,75% ao ano, mesma previsão feita pelo Bank of America Merrill Lynch.

Segundo relatório do banco, a Selic deve ser mantida nesse patamar durante todo o ano de 2020.

Para os analistas, mesmo com a alta do dólar, que tende a encarecer produtos e insumos importados, o cenário para a inflação permanece estável uma vez que os preços das commodities (matérias-primas) em reais não se alteraram de maneira significativa nas últimas semanas.

Até ao fim do ano, o Banco Central do Brasil vai se reunir ainda três vezes para decidir o rumo da taxa, que está atualmente em 6% ao ano, a menor da história, depois de ter sofrido um corte de 0,50 ponto percentual na reunião de 31 de julho. O próximo encontro será semana que vem, dias 17 e 18. Os seguintes são 29 e 30 de outubro e 10 e 11 de dezembro.

Pelas contas do Bradesco e do BofA, a taxa Selic ainda vai sofrer uma redução de 1,25 ponto percentual até ao fim do ano: provavelmente dois cortes de 0,50 e mais um de 0,25.

A autoridade corta a taxa para estimular a economia, mas sempre avalia se a redução, que deixa o crédito para consumo e investimento mais baratos, pode impactar os preços.

A economia brasileira segue patinando em 2019; nos primeiro três meses, a alta foi de apenas 0,1%; no segundo trimestre, de 0,4%.

Dólar a R$ 4 no fim do ano

Os economistas também revisaram o cenário para o câmbio, diante da piora recente do ambiente externo. O Bradesco elevou a estimativa para o dólar de R$ 3,80 para R$ 4 no fim do ano e manteve a cotação em R$ 3,80 para 2020.

“Olhando à frente, o real tende a continuar com maior sensibilidade ao cenário externo, mas não deve se manter no patamar atual. Os fundamentos externos continuam sólidos, o déficit em conta corrente segue em patamar controlado e totalmente financiado por investimentos diretos, a dívida externa é baixa e a questão fiscal teve avanço positivo com a aprovação da reforma da Previdência. Por isso, seguimos prevendo trajetória de apreciação da moeda”, diz o relatório.

Na semana passada, a moeda americana chegou a bater os R$ 4,18, perto do recorde da história na era do Plano Real, mas afrouxou e agora está em R$ 4,10, ainda acima das previsões do banco para o fim do ano.

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