A China alertou, nesta sexta-feira (2), que pode retaliar os EUA depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu adotar tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1º de setembro.
Nesta quinta-feira (1º), Trump surpreendeu os mercados financeiros ao dizer que planeja aplicar as tarifas adicionais em um fim abrupto para uma trégua na guerra comercial que vem desacelerando o crescimento global.
Pequim não irá ceder nem um centímetro sob pressão dos EUA, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.
“Se a América aprovar essas tarifas, então a China terá que adotar as ‘contramedidas’ necessárias para proteger os interesses principais e fundamentais do país”, disse Hua.
“Não iremos aceitar qualquer pressão máxima, intimidação ou chantagem. Sobre as principais questões de princípio não cederemos nem um centímetro”, disse ela, acrescentando que a China espera que os EUA “desistam de suas ilusões” e voltem ao caminho correto nas negociações com base em respeito mútuo e igualdade.
A declaração de Trump ocorreu após a rodada de negociações entre os dois países nesta semana, que se estimava pudesse pôr fim à guerra comercial, que dura há mais de um ano e meio.
Relembre a guerra comercial entre EUA e China
O conflito começou quando o presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro de 2018, aplicou taxas sobre máquinas de lavar e painéis solares chineses, alegando que o país praticava concorrência desleal.
O aumento da tarifação foi estendido para a importação de aço e alumínio dois meses depois e, em junho do mesmo ano, ele aplica uma taxa de 25% em mais de U$ 50 bilhões de produtos chineses, que vão de bolsas a material ferroviário.
Como forma de retaliação, o líder chinês, Xi Jinping também aplicou tarifas que variaram de 5% a 25% sobre a importação de 128 itens dos EUA, incluindo frutas, produtos químicos, carvão e equipamento médico. Paralelamente, a China tarifou ainda bens produzidos em distritos americanos com forte apoio ao partido Republicano, do presidente Trump.
*Com agências