Quatro dias depois de descartar um caso de coronavírus em uma paciente internada em hospital de Belo Horizonte, o governo confirmou, nesta terça-feira (28), que há um caso suspeito da doença em Minas Gerais de uma mulher que esteve em viagem recente a Wuhan, epicentro da doença, na China.
Outras 14 pessoas, que tiveram contato com ela, também estão em observação, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de imprensa, nesta terça (28).
Segundo o ministro, a paciente apresenta sintomas compatíveis com o protocolo da enfermidade. O quadro dela é estável.
“Nós analisamos mais de 7 mil rumores. Desses 7 mil, 127 deles exigiram verificação se estavam dentro de padrão. E hoje temos o caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan. É um caso importado, ou seja, uma pessoa que veio desse local”, disse Mandetta em entrevista coletiva.
A paciente, de 22 anos, deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Centro-Sul na última sexta-feira (24) e foi transferida para um hospital de referência para ser acompanhada, segundo disse a secretaria de Saúde de Minas. Ele está isolada.
O ministro recomendou evitar as viagens de turismo à China e afirmou que aumentou o controle de viajantes do país asiático nos portos e aeroportos brasileiros.
E tranquilizou a população: “Não temos nenhum caso sustentável de circulação do vírus no Brasil”, afirmou.
‘Perigo iminente’
O governo elevou, nesta terça-feira, a classificação de risco do Brasil para o nível 2, que significa “perigo iminente”, após o caso suspeito em minas. Até segunda-feira (27), o país estava em nível 1 de alerta.
Caso descartado anteriormente
Na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou que estava investigando um caso suspeito de coronavírus de uma paciente de 35 anos que esteve em Xangai, na China, e desembarcou em Belo Horizonte no sábado (18). Ela foi levada para o Hospital Eduardo de Menezes, onde estava isolada e era acompanhada pela pasta.
No mesmo dia, o Ministério da Saúde descartou que o caso se tratava de suspeita da doença, alegando protocolo adotado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Exames feitos pela paciente na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostraram que ela não estava com o novo coronavírus, mas com um tipo de rinovírus, ou seja, um resfriado comum.
*Com agências