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À TV Record, Bolsonaro diz que repasse aos preços dos combustíveis não será imediato

Comentário foi feito pelo presidente na primeira entrevista após a internação hospitalar e depois de ter falado com Roberto Castello Branco, chefe da Petrobras

Bárbara Leite

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Bolsonaro dá entrevista ao repórter Thiago Nolasco, no hospital Vila Nova Star, em SP, para o "Jornal da Record"-Foto:Reprodução

Na primeira entrevista desde a internação hospitalar na semana passada, ao “Jornal da Record”, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a disparada do preço do petróleo nesta segunda-feira (16) após ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo.

Segundo a emissora, Bolsonaro disse que falou com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e foi informado que não haverá repasse imediato nos preços dos combustíveis no Brasil. As informações são do portal UOL.

A entrevista, realizada pelo repórter Thiago Nolasco, foi gravada no início da tarde no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia.

O “Jornal da Record” vai ao ar às 21h45. Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirar uma hérnia decorrente de operações passadas feitas em razão do ataque com faca que sofreu em setembro do ano passado durante a campanha eleitoral. Ele teve alta por volta das 15h e viajou para Brasília.

Preço do petróleo dispara quase 15%

O preço do petróleo Brent (negociado na Bolsa de Londres e referência mundial) fechou nesta segunda-feira (16) com alta de 14,6% para US$ 69,02 o preço do barril, o maior ganho percentual diário em mais de 30 anos, depois dos ataques com drones a uma refinaria e um campo petrolífera da Saudi Aramco no sábado (14), forçaram a Arábia Saudita a reduzir sua produção pela metade, afetando 6% da oferta de petróleo mundial.

Cálculos de Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), dão conta que com o petróleo no patamar de US$ 70, o valor que praticamente fechou nesta segunda-feira, a gasolina e o diesel poderiam ter um aumento entre 8% e 10% em seus preços.

Além da cotação internacional do petróleo, o preço dos combustíveis ainda é influenciado pela variação do dólar. Nesta segunda, a moeda americana ante o real fechou em alta de 0,06 % para R$ 4,09.

A Petrobras define os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. As distribuidoras podem repassar ou não os reajustes feitos pela estatal para os preços aos consumidores.

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