Os juros do cheque especial cobrados pelos cinco maiores bancos brasileiros–Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Bradesco e Santander–, vão sofrer uma queda de 32%, na média, a partir de 6 de janeiro, de acordo com os cálculos do professor de matemática financeira, José Dutra Vieira Sobrinho feito a pedido do Economia Bárbara.
As taxas dos cincos “bancões” no cheque especial estão atualmente em 11,76% ao mês, na média, ou 279,7% ao ano. Mas, a partir da segunda-feira, dia 6 de janeiro de 2020, entra em vigor a resolução do Banco Central (BC), que limita a cobrança dos juros da modalidade a, no máximo, 8% ao mês, o que equivale a uma taxa de 151,82% ao ano, ainda bem acima da taxa básica de juros, a Selic, que está em 4,5% ao ano.
A partir de 6 de janeiro, além de cumprir um teto, os bancos podem cobrar uma taxa de até 0,25% sobre o limite do cheque especial que exceder R$ 500 para os novos contratos. No caso dos atuais contratos, a resolução prevê a possibilidade de cobrança a partir de 1º de junho de 2020.
O Banco do Brasil (BB) já anunciou que vai isentar essa tarifa aos clientes novos e antigos.
Veja os juros do cheque especial dos cinco maiores bancos do país:
Banco | Juro ao mês* | Juro ao ano* |
Santander | 14,62% | 414,19% |
Bradesco | 12,74% | 321,63% |
Itaú Unibanco | 12,51% | 311,42% |
Banco do Brasil | 12,09% | 293,37% |
Caixa | 6,85% | 121,46% |
Cinco ‘bancões‘ | 11,76% (média) | 279,7% (média) |
Teto | 8% | 151,82% |
Fonte: Banco Central e professor José Dutra Vieira Sobrinho; *Último levantamento do BC com taxas praticadas até 12 de dezembro