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Huawei nega interesse em comprar Oi ou qualquer tele no Brasil

Fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações reagiu a notícia que dava conta da sua intenção de se unir à China Mobile e adquirir a operadora brasileira que está em recuperação judicial

Bárbara Leite

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Chinesa Huawei foi acusada de espionagem e não vende seus equipamentos 5G para os EUA–Foto: Reprodução

A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei disse neste domingo (22) que não está interessada em comprar a Oi (OIBR3: OIBR4), ou qualquer outra operadora brasileira.

Neste sábado, o jornal “O Globo” informou que as duas chinesas Huawei e China Mobile estavam unindo esforços para entrar na disputa pela Oi, a maior operadora de telefonia fixa do país que está em recuperação judicial desde 2016.

 “Huawei não tem nenhum plano ou interesse em adquirir a Oi ou qualquer outra operadora brasileira. Há mais de 20 anos no país, a empresa trabalha em parceria com todas as grandes operadoras brasileiras, fornecendo os melhores produtos e soluções para auxiliar na transformação digital do Brasil”, afirmou a empresa em uma declaração enviada por email à imprensa.

Segundo “O Globo”, a entrada no Brasil seria uma forma da Huawei evitar que a guerra comercial entre a China e EUA, que a proibiu de vender seus equipamentos de 5G, afetasse também seus negócios no Brasil, diante da proximidade do presidente Jair Bolsonaro do governo de Donald Trump.

A Oi conta com uma rede de fibra óptica de 360 mil quilômetros, a maior do país, um ativo atraente diante da perspectiva de instalação do 5G.

Entretanto, nem a China Mobile nem a Oi comentaram a informação.

Na semana passada, o jornal espanhol El Confidencial informou que espanhola Telefónica, dona da Telefônica Brasil, que detém a Vivo, também estaria interessada em comprar a Oi.

A Oi, que tem a maior rede instalada de telefonia fixa do país e 16,4% de participação no mercado de telefonia móvel-a quarta maior do país, atrás da líder Vivo, com 32,3%, da TIM e da Claro-, pediu recuperação judicial em 2016, com uma dívida de R$ 64 bilhões.

Mês a mês, a empresa vem perdendo espaço em alguns dos principais mercados em que atua.

No mês passado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) descartou a possibilidade de intervenção na Oi e destacou, por meio de nota, que “uma solução de mercado definitiva é o cenário preferencial para a evolução positiva da situação do grupo”.

Leia também: Senado aprova nova lei das teles que vai beneficiar a Oi; projeto vai à sanção

A empresa, entretanto, ficou mais atrativa, após a aprovação há duas semanas no Congresso do novo marco regulatório do setor de telecomunicações, o PLC79, que vai gerar menos custos para a operadora com a manutenção da telefonia fixa, em especial, a operação pouco rentável dos orelhões.

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