O Senado elaborou uma proposta própria de reforma tributária, que foi apresentada nesta quarta-feira (18) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) pelo relator, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Em seu parecer, Rocha propõe a substituição de nove impostos por dois, chamados de IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços)–um IBS federal e um IBS estadual.
O IBS teria as características de um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), que é parte de uma outra proposta de reforma tributária que tramita na Câmara. Ela também propõe a unificação de várias impostos em um único só.
Além das duas propostas, o governo está prometendo há meses apresentar sua própria reforma tributária. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta que ela está pronta.
O ministro disse que montar um comitê junto ao Congresso Nacional para a reforma tributária, trabalhando com a Câmara dos Deputados no IVA e com o Senado na parte de impostos seletivos.
Pela proposta de Rocha, o primeiro IBS seria a junção de sete tributos federais:
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
- Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
- PIS (Programa Integração Social)
- Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público)
- IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
- Salário-educação
- Cide Combustíveis (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
O segundo IBS fundiria outros dois tributos estaduais:
- ISS (Imposto Sobre Serviços)
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Um pedido de vista nesta quarta adiou a votação na CCJ da proposta, que ainda pode receber emendas.
Segundo presidente da CCJ, a senador Simone Tebet, a expectativa dos senadores é que o governo apresente sugestões de mudanças no texto até 2 de outubro.
“Estamos esperando que nos próximos 15 dias o governos dê sua parcela de contribuição”, disse.
*Com Agência Senado