O mercado de trabalho brasileiro abriu 43.820 vagas com carteira assinada em julho, abaixo do resultado de julho de 2018 (47,3 mil), também pior que o desempenho em junho deste ano (48,3 mil) e do que o previsto pelo mercado financeiro (45,7 mil empregos formais).
Os números, que fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (23) pelo Ministério da Economia, mostram que o emprego sente os reflexos da fraqueza da economia no primeiro semestre e da falta de confiança dos empresários na economia.
Em 12 meses até julho, houve abertura de 521.542 postos de trabalho com carteira.
Construção civil puxa alta
O resultado do mês foi puxado pelo setor de construção civil, que gerou 18.721 postos formais, com destaque para as vagas criadas na construção de rodovias e ferrovias, de edifícios e de obras para energia elétrica e telecomunicações.
Em seguida aparece o setor de serviços, que abriu 8.948 vagas de trabalho, sobretudo no setor imobiliário e financeiro. Já a administração pública registrou o fechamento líquido de 315 vagas no mês passado.
A indústria de transformação, impactada pela tragédia de Brumadinho, crise na Argentina, a desaceleração da economia chinesa e agravamento da guerra comercial entre EUA e China, teve alta líquida de 5.391 postos. O setor de alimentos e bebidas lideraram as novas vagas formais na indústria em julho.
Também tiveram alta nas vagas os setores de agropecuária (4.645 postos) e comércio (4.887 postos), mas a geração ficou bem abaixo do registrado um ano antes: 17.455 empregos (agropecuária) e 14.548 postos (comércio).