O governo quer permitir saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) neste ano, mas após pressão da construção civil e diante das dificuldades logísticas da medida, estuda limitar as retiradas a R$ 500 por conta. O valor máximo seria para contas ativas (dos contratos atuais) e inativas (de contratos inativos), segundo o G1. Com isso, um trabalhador que tem três contas, por exemplo, poderia sacar R$ 1,5 mil.
Essa solução estava sendo debatida na noite desta segunda-feira (23) por integrantes da equipe econômica. A intenção é divulgar os critérios para o saque nesta quarta (24).
O saque limitado a R$ 500 seria uma alternativa para este ano porque já transcorreram mais de seis meses e seria difícil montar um calendário de pagamento de acordo com as datas de aniversário dos trabalhadores. E também porque há uma expressiva quantidade de contas com saldo inferior a esse valor.
Além disso, a opção atenderia aos receios da construção civil de ficar sem recursos para financiar seus imóveis, sobretudo, do Minha Casa Minha Vida, segmento que está a dinamizar o setor.
Na semana passada, a ideia era liberar até 35% do saldo, para injetar R$ 42 bilhões na economia, mas, após críticas do segmento, essa opção foi descartada. Entretanto, o governo reduziu a previsão de injeção para R$ 30 bilhões, e depois para R$ 21 bilhões.
Para o ano que vem, está sendo desenhado um novo modelo, em que o cotista terá oportunidade de sacar uma vez por ano parte do seu saldo, no seu mês de aniversário, segundo o G1. Se escolher essa opção, o trabalhador vai ter de abrir mão de resgatar a totalidade do fundo, caso seja demitido sem justa causa. Nessa modalidade, ele continuaria a sacar a parcela dos recursos anualmente até acabar o dinheiro do fundo.