Dólar bate R$ 4, com China, Hong Kong e Argentina; Bolsa despenca 2%

O dólar disparou nesta segunda-feira (12) pressionado pela tensão entre China e EUA, protestos em Hong Kong e a derrota de Mauricio Macri, atual presidente da Argentina, em eleições primárias neste domingo (11). O Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, tomba na faixa de 2%

Pelas 10h45, a moeda dos EUA era negociada a R$ 4,010, com alta de 1,72%, enquanto o Ibovespa, caía 2,15% para 101.761 pontos.

O mercado segue preocupado com a disputa comercial e seus reflexos na desaceleração econômica global, após, na sexta, o presidente dos EUA, Donald Trump, ter colocado em dúvida a próxima reunião agendada para setembro para discutir um acordo e pôr fim à guerra comercial.

A situação política em Hong Kong também pesa sobre o humor dos investidores.

As chegadas e partidas do Aeroporto Internacional de Hong Kong foram canceladas devido à intensificação dos protestos, iniciados em junho após o governo apresentar um projeto de lei que permitiria extraditar cidadão de Hong Kong para a China continental.

Milhares de manifestantes tomaram o aeroporto na tentativa de sensibilizar estrangeiros sobre os motivos dos protestos.

A situação da Argentina é outro motivo de preocupação. O atual presidente do país vizinho, Maurício Macri perdeu, em eleições primárias (prévias) por 15 pontos de vantagem para o candidato da oposição, escolhido por Cristina Kirchner, indicando que pode sair derrotado na eleição geral, marcada para 27 de outubro.

A vitória da chapa encabeçada por Alberto Fernández, que tem Cristina Kirchner como vice, gera receios de volta das políticas populistas ao país vizinho, que pode afetar as contas públicas do país, e respingar na economia brasileira.

O peso argentino é a moeda que mais se desvaloriza no mundo nesta segunda.

*Com agências