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Dia Mundial da Poupança: apenas 16% do que poupam diversificam seus investimentos

A maioria dos que conseguem guardar dinheiro no país não segue a velha máxima de “não colocar todos os ovos em uma mesma cesta”; poupança é o investimento preferido, seguido pelo Tesouro Direto, segundo levantamento do SPC Brasil

Bárbara Leite

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No Brasil, 21% até guardam dinheiro, mas optam por deixar a quantia parada na conta corrente ou na própria casa–Foto: Pixabay

A velha máxima da educação financeira que “não se pode colocar todos os ovos em uma mesma cesta” é seguida por poucos investidores brasileiros.

Segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado nesta quinta (31), data em que se comemora o Dia Mundial da Poupança, somente 16% das pessoas que poupam no país diversificam seus investimentos, ou seja, depositam o seu patrimônio em ao menos dois tipos diferentes de aplicações. A maioria (63%) dos entrevistados aposta tudo em um mesmo produto financeiro. Já 21% até guardam dinheiro, mas não investem, optando por deixar a quantia parada na conta corrente ou na própria casa.

Entre os 74% que guardam dinheiro e aplicam em alguma modalidade de investimento, a caderneta de poupança é o principal destino, citada por 60%. O Tesouro Direto desponta como o segundo tipo de investimento mais popular do país, mencionado por 11%. Depois aparecem os fundos de investimentos (8%), previdência privada (6%) e CDBs (6%). Apenas 3% de quem poupa investem em ações, que ficam à frente das LCI e LCAs (2%) e das criptomoedas (2%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil e colunista do Economia Bárbara, Marcela Kawauti, não concentrar todos os recursos em um único tipo de investimento é um princípio básico para todo investidor, principalmente no atual momento em que as taxas de juros estão mais baixas, o que exige do poupador um apetite maior ao risco, caso queira que seus rendimentos superem a inflação.

“Diversificar os investimentos é a forma que o poupador tem de se proteger contra uma eventual desvalorização de alguma das suas aplicações, amenizando riscos e encontrando formas de compensar perdas. Isso significa que se uma determinada aplicação não tiver um bom retorno em certo período, a distribuição dos recursos em outras aplicações pode equilibrar a rentabilidade final”, afirma a economista.

Marcela afirma que não existe uma receita de bolo que aponta a maneira certa de diversificar os investimentos. O primeiro passo é identificar o quanto o investidor está disposto a correr riscos e qual a sua expectativa de resultados.

“A diversificação é importante porque, além de mitigar riscos, permite uma alocação dos recursos condizente com o objetivo da aplicação. Quando se trata de uma reserva de emergência, por exemplo, o recomendável é que a aplicação tenha liquidez. Quando se trata de aposentadoria, pode ser interessante abrir mão da liquidez para ter uma rentabilidade maior. Lembrando que diversificar não é apenas distribuir o patrimônio entre opções de renda fixa e variável, mas também procurar diferentes aplicações dentro de uma mesma categoria. No caso da renda fixa, o investidor pode buscar diferentes indexadores. Já no caso de ações, ele pode buscar empresas que atuam em mais de um segmento da economia”, explica.

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