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Aprovação da Previdência já deixa dólar abaixo de R$ 4; BC turco também ajuda

Moeda americana rompeu a marca psicológica na manhã desta quinta-feira, dia 24, na esteira do otimismo com a reforma previdenciária

Bárbara Leite

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Antes da aprovação da reforma e com incertezas na guerra comercial, moeda americana estava na faixa dos R$ 4,18–Foto: Pixabay

O dólar já caiu abaixo da marca dos R$ 4 na manhã desta quinta-feira (24), na esteira do otimismo com aprovação da reforma da Previdência. A decisão do banco central da Turquia de cortar sua taxa acima do previsto também influencia na queda da moeda americana.

Pelas 9h55, o dólar recuou a R$ 3,998. Às 10h14, a moeda americana subia um pouco e era negociada a R$ 4,006, com um tombo de 0,67%.

“Dólar rompe o suporte psicológico dos R$ 4 depois de mais de dois meses esperando a reforma da Previdência acima deste valor”, disse Pablo Syper, diretor de operações da Mirae Asset e colunista do Economia Bárbara.

Nos últimos dois pregões, o mercado financeiro registra a volta do investidor estrangeiro, que não acreditava na aprovação da reforma da Previdência, após tentativas fracassadas em governos anteriores. As mudanças na Previdência, que devem gerar economia de R$ 800 bilhões aos cofres públicos em dez anos, eram vistas pelo mercado como essenciais para ajudar no equilíbrio das contas públicas e na retomada do crescimento sustentável do país.

Agora, no pós-reforma, é esperado que o apetite pelo Brasil aumente e o programa de concessões e privatizações ambicioso do governo traga mais capital de fora.

Antecipando esse movimento, o investidor já começa a comprar real, empurrando o dólar. Também são esperados novos recursos estrangeiros com o megaleilão do pré-sal, da chamada cessão onerosa, previsto para o dia 6 de novembro.

O risco-Brasil está caindo para níveis de quando o Brasil tinha grau de investimento, o chamado selo de bom pagador.

Nesta quinta, também ajuda a deixar o real mais forte ante o dólar a decisão do banco central turco em cortar sua taxa básica de juros de 16,5% para 14%. O mercado esperava um corte menor, de apenas 1 ponto. A redução deixa menos atrativo o “carry trade” por lá e pode atrair capital para o Brasil.

“Carry trade” é quando o investidor pega dinheiro em um país que paga uma taxa de juros mais baixa, como os EUA, e aplicar a quantia em outro destino que pague retornos maiores (caso de emergentes, como a Turquia e Brasil).

*Com agências

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