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Após trégua, dados ruins da China e Alemanha preocupam e dólar salta a R$ 3,99

Receios de uma desaceleração econômica global voltam a pesar no humor no mercado nesta quarta

Bárbara Leite

Publicado

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Na véspera, moeda fechou nos R$ 3,967, após anúncio de Trump-Foto: Reprodução

O dólar iniciou o pregão nesta quarta-feira (14) pressionado pelos indicadores ruins chineses e da Alemanha, que reforçaram os receios de uma desaceleração econômica mundial, abandonando o otimismo da véspera após os EUA darem uma trégua na guerra comercial com a China.

Depois de bater R$ 4 na abertura, a moeda dos EUA era negociada a R$ 3,991, com alta de 0,60%, às 10h.

Os números de produção industrial, vendas no varejo e investimento de julho da China, divulgados nesta quarta (14), ficaram mais uma vez abaixo das expectativas de mercado.

Segundo nota da Guide Investimentos, os dados chineses indicam “que as medidas adotadas pelo governo estão sendo insuficientes para promover uma estabilização da economia. Junto aos impasses internos e externos que o gigante asiático está enfrentando atualmente, a situação preocupa mais, uma vez que quanto mais se estenderem os problemas para a segunda maior economia mundial, mais o cenário para a economia global se deteriorará”, explica.

Os indicadores da Zona do Euro, em particular, da Alemanha mostram a mesma tendência de arrefecimento das economias.

No segundo trimestre, a economia da Zona do Euro (grupo com 19 países europeus) desacelerou e cresceu apenas 0,2%. O maior destaque dentre os países membros foi justamente a Alemanha, que registrou uma contração de 0,1% no período e mostrou que a maior economia da região já pode estar entrando em recessão.

“De modo geral, os dados reforçaram a fraqueza da economia europeia, e assim como os números da China, contribuem para a manutenção do receio em torno de uma desaceleração econômica em escala global”, segundo a Guide.

Na véspera, o dólar havia tido um dia de trégua e chegou a R$ 3,967, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o adiamento de tarifas de importação à China, de setembro para 15 de dezembro, sobre vários itens, incluindo eletrônicos e brinquedos, para não “estragar” o Natal dos americanos. O adiamento aconteceu após conversas telefônicas entre as autoridades comerciais entre os dois países, que se comprometeram a conversar novamente em duas semanas.

   

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