O Banco Central (BC) informou na tarde desta sexta-feira (23) que vai intensificar, em setembro, a venda de dólares à vista, numa operação que usa as reservas internacionais na moeda, “tendo em conta as condições vigentes atualmente no mercado local de câmbio”.
O anúncio foi feito após o dólar fechar, nesta sexta-feira (23), em R$ 4,124, no maior patamar desde 18 de setembro de 2018, quando as eleições presidenciais de outubro impactavam no mercado.
Entre os dias 2 e 27 de setembro, a instituição vai despejar no mercado US$ 11,6 bilhões, por meio de leilões diários. Serão oferecidos dólares à vista e, se não houver demanda por todo o lote ofertado, serão leiloados contratos de swap cambial para complementar o valor, segundo informou o órgão.
Na semana passada, quando a divisa dos EUA bateu a marca de R$ 4, o BC decidiu, pela primeira vez, desde 2008, usar as reservas e vender dólares à vista a partir da última quarta (21), no valor de US$ 550 milhões por dia.
No primeiro dia, o BC não conseguiu colocar tudo no mercado, e vendeu US$ 200 milhões; na quinta e nesta sexta, foram todos os US$ 550 milhões vendidos no mercado. Nos últimos três dias, US$ 1,3 bilhão saíram das reservas para ajudar a conter a volatilidade da moeda.
Até o dia 29, o BC pretende continuar ofertando diariamente mais US$ 550 milhões às instituições financeiras, para aumentar a disponibilidade de dólares no sistema.
No total, a autoridade monetária tem reservas que somam US$ 389 bilhões.