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Após atuação do BC, dólar intensifica queda, mas ainda é negociado acima de R$ 4

Leilões simultâneos de venda da moeda dos EUA pela autoridade monetária surtiram efeito, mas foram insuficientes para derrubar a divisa abaixo da marca psicológica

Bárbara Leite

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Autoridade monetária vai agir no câmbio até dia 29 para tentar conter alta do dólar-Foto: Reprodução

O dólar iniciou os negócios desta quarta-feira (21), com o mercado esperando a atuação do Banco Central no câmbio e divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed (banco central dos EUA). O real era a terceira moeda com maior valorização ante o dólar entre os países emergentes.

Pelas 9h29, o valor do dólar estava em R$ 4,024, com uma queda de 0,69%.

“O dólar abriu em queda à espera do leilão à vista do BC, que pode derrubá-lo abaixo de R$ 4”, disse Pablo Syper, diretor de operações da Mirae Asset e colunista do Economia Bárbara.

Às 9h55, a moeda dos EUA caminhava para a marca dos R$ 4, acentuando seu tombo para 0,85%, sendo negociada a R$ 4,017.

O BC vai fazer, a partir de hoje e até ao dia 29, leilões simultâneos de venda de dólar à vista e de contratos de swap cambial reverso (compra futura de dólares) para tentar conter a alta da moeda, que já fechou, na véspera, nos R$ 4,052.

Nesta quarta (21), os leilões ocorreram entre as 9h30 e as 9h35. Foram vendidos US$ 200 milhões no leilão à vista e 4 mil contratos em swap cambial. Nos leilões à vista, o BC usa as reservas internacionais. É a primeira vez desde 2008, quando o país sentia os efeitos da crise financeira, que a autoridade mexe nas reservas para tentar conter a valorização do dólar.

Às 15h, o BC do EUA divulga a ata da reunião do dia 31 de julho em que foi reduzida a taxa básica de juros por lá em 0,25 ponto percentual, na expectativa que ela traga uma piora das perspectivas para a economia americana, que poderia levar a novos cortes das taxas. Cortes dos juros nos EUA tendem a beneficiar o Brasil, pois os investidores migrem seu capital para países pagam retornos mais elevados mesmo os considerados de maior risco.

O documento, porém, não deve trazer novidades, depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o corte no dia 31 de julho foi pontual, e não uma tendência.

Como desde a última reunião, a guerra comercial entre a China e EUA se agravou e a economia europeias mostrou maior fraquezas, é esperado uma mudança de discurso de Powell para esta sexta-feira (23), no simpósio de Jackson Hole (EUA).

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