A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) redistribuiu nesta quarta-feira (31) os slots (nome da licença que uma companhia aérea recebe para poder decolar e pousar num aeroporto) do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o mais disputado e rentável do país, que eram da Avianca Brasil. Dos 41 horários disponíveis, a Azul ficou com 15, a Passaredo com 14 e a MAP com 12.
Com o resultado, a Azul passa a ter 41 slots, o mesmo número que a Avianca Brasil tinha no aeroporto, responsável pela ponte Rio-São Paulo, que, pela sua localização central é o preferido para viagens de negócios. O número é bem menor que o das concorrentes mais diretas: Latam (236) e a Gol (234).
A Two Flex também havia pedido 14 slots. Mas a Anac informou que, em razão do tipo de aviões operados pela empresa, os 14 slots solicitados foram alocados na pista auxiliar de Congonhas e não na pista principal.
Com mais concorrência, a tendência é que as passagens aéreas na rota fiquem mais baratas.
Com problemas financeiros, a Avianca entrou com pedido de recuperação judicial em novembro de 2018 e deixou de voar em maio deste ano. Em junho, a Anac suspendeu a concessão da empresa para explorar o transporte aéreo regular de passageiro e carga.
Segundo a agência, MAP, companhia regional com foco na região Norte, e Passaredo, que já opera em São Paulo, no aeroporto de Guarulhos, a partir de voos de Ribeirão Preto, no interior paulista, deverão comprovar, até 9 de agosto, que terão condições de cumprir os requisitos operacionais exigidos para a operação de voos no aeroporto. Somente após a aprovação as companhias aéreas poderão iniciar a oferta de voos de acordo com os horários alocados.