A semana foi agitada para o bilionário mercado das “maquininhas” de cartão de débito e crédito. O Grupo Globo anunciou uma parceria com a fintech Stone para entrar no segmento, enquanto o Santander lançou uma nova modalidade que permite usar o serviço do Getnet nos terminais concorrentes.
Nos dois casos, as empresas têm em vista um mercado no qual, a rival PagSeguro, do UOL, lidera: o de pessoas físicas e microempreendedores individuais. O segmento de trabalhadores por conta própria é estimado em 21 milhões de pessoas.
Globo: um novo competidor
Para entrar no cobiçado mercado, onde outro grupo de mídia já domina, o Grupo Globo decidiu se unir a uma empresa que já atua no mercado, a Stone, que até agora se focava nas pequenas e médias. Segundo anúncio da última terça (30), as duas vão criar uma nova companhia (o nome ainda não foi divulgado), que será detida em 33% pelo grupo de mídia. A fintech terá os restantes 67%
A Globo será responsável por criar e veicular conteúdos de mídia sobre a nova “maquininha”, correspondentes a R$ 461 milhões. Já a Stone vai investir R$ 50 milhões em dinheiro, e ficará responsável por toda a operação.
O presidente executivo da nova empresa será Caio Fiuza, atual diretor de operações da Stone. A concretização do negócio ainda depende do aval do Cade (Conselho Administrativo da Defesa Econômica).
Santander aposta na portabilidade das máquinas
Já o Santander Brasil lançou na quinta-feira (1º) um serviço que permite que pequenos comerciantes processem pagamentos por meio de sua subsidiária GetNet sem precisar comprar a máquina leitora de cartões do banco.
Para fazer a migração para a GetNet, o usuário precisará apenas instalar em seu celular um aplicativo da GetNet e conectá-lo à máquina leitora de cartão.
Com o serviço de portabilidade, a GetNet mira quase 4 milhões de clientes que atualmente usam suas próprias máquinas e de empresas rivais. A empresa busca ganhar entre 300 mil e 400 mil novos clientes com a portabilidade.
“Depois de adquirir uma máquina leitora de cartões, os pequenos comerciantes resistem a mudar para um processador de diferente”, disse a jornalistas Pedro Coutinho, presidente-executivo da GetNet.