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Já ouviu falar em consignado privado? Fintech dá crédito a negativado e prevê crescer 1.200%

Empresa diz que atrativo são os juros baixos e a rapidez na concessão dos financiamentos

Bárbara Leite

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Ramires Paiva, CEO da Creditoo, falou ao Economia Bárbara-Foto: Divulgação

O crédito consignado, a linha mais econômica do mercado, não é exclusiva dos servidores públicos. O trabalhador com carteira assinada também pode ter acesso a essa modalidade. O segmento ainda está engatinhando– do volume total concedido do consignado de R$ 400 bilhões, apenas R$ 20 bilhões estão emprestados a funcionários CLT–, mas a Creditoo, fintech (empresa que desenvolve produtos financeiros completamente digitais) que oferece o produto 100% online, quer mudar esse cenário.

O conceito do consignado privado é o mesmo do público: as parcelas do empréstimo são descontadas diretamente da folha de pagamento do colaborador. Para a sua efetivação, é necessário que a empresa do interessado tenha um convênio com um agente financeiro. É aqui que a Creditoo entra.

De 2018 para cá, a empresa aumentou o seu número de companhias conveniadas de 65 para mais de 1.000 e passou a ter uma base superior a 100 mil potenciais clientes que se enquadram nas regras de empréstimo. Segundo disse Ramires Paiva, CEO (presidente executivo) da Creditoo, ao Economia Bárbara, a modalidade está disponível para qualquer tamanho de empresa. Em seu portfólio, eles têm companhias de mais de 10 mil funcionários e empresas com sete, por exemplo.

Nos últimos meses, a fintech emprestou R$ 50 milhões para 5 mil clientes. A meta é chegar a R$ 200 milhões no fim do ano, o que configura um aumento de mais de 1.200% em relação a 2018.

Juros e facilidades

O grande atrativo da modalidade são os juros mais baixos. Não são tão baixos como os do consignado público, já que a modalidade tem risco maior, uma vez que os funcionários CLT podem ser demitidos; já os funcionários públicos e aposentados têm a garantia de receber seus benefícios ou salários todo o mês. A Creditoo oferece juros a partir de 1,75% ao mês; no público, por exemplo, as taxas estão mais perto de 1,10%.

Segundo Ramires, mais de metade do dinheiro de seus clientes foi pego para quitar dívidas caras, como cheque especial, cartão de crédito e empréstimo pessoal. No rotativo e no cheque especial, por exemplo, as taxas estão acima de 10% ao mês.

Além do crédito mais barato, a empresa diz que empresta também para negativados e que o valor do financiamento sai em três minutos. A operação é feita pelo Whatsapp.

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