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Funcionários dos Correios de SP aprovam suspensão da greve e volta ao trabalho nesta terça

Paralisação, que durava há uma semana, parou os serviços com hora marcada, como Sedex 10

Bárbara Leite

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Em assembleia, realizada em São Paulo, trabalhadores decidiram manter estado de greve até dia 2 de outubro- Foto: Divulgação

Funcionários dos Correios de São Paulo aprovaram, nesta terça-feira (17) à noite, em assembleia, a suspensão da greve, que durava há uma semana e que parou os serviços com hora marcada, como o Sedex 10. A volta ao trabalho ocorrerá ainda nesta terça a partir das 22h, informou Douglas Mello, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos (Sintect-SP) e da Fintect. 

De acordo com Mello, fica mantido o estado de greve o dia 2 de outubro, dia do julgamento pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) do dissídio pedido pelos Correios.

Em audiência de conciliação na semana passada, o TST propôs que os trabalhadores aceitassem a volta ao trabalho até esta terça às 22h, e em troca os Correios manteriam o acordo coletivo e o plano de saúde para pais dos empregados, duas das reivindicações da categoria durante a paralisação, até à data do julgamento.

A paralisação fechou agências e provocou a suspensão dos serviços com hora marcada como Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje.

Pleitos

Na paralisação, a categoria pedia reposição da inflação, que é de 3,1%, contra reajuste salarial proposto de 0,8%, e é contra a privatização da estatal, incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.

Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto à retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.

“Nós já pagamos uma mensalidade alta e os Correios querem aumentar de 30% para 40% essa cobrança. Um desconto abusivo”, afirmou Mello, na semana passada.

Atualmente, os trabalhadores pagam em torno de 3% a 7% do salário bruto para ter o benefício do plano de saúde. Além da mensalidade, o funcionário é obrigado a arcar com 30% do valor total dos exames realizados em consultórios médicos. Tanto o titular quanto os dependentes devem pagar essa taxa.”É contra essa medida que estamos lutando. Nossa perda salarial chega a mais de R$ 500 mensais”, disse ele.

O prazo final para a permanência dos pais nos planos de saúde venceu no dia 31 de julho deste ano.

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