A empresa americana de moda Forever 21 anunciou, neste domingo (30), que entrou com pedido de recuperação judicial para tentar evitar uma falência, no mais recente caso das redes de lojas de rua obrigadas a uma reestruturação em consequência do avanço do comércio online.
A empresa recorreu ao “Capítulo 11” da lei americana de falências, que permite manter o controle e posse de seus bens enquanto administra uma reestruturação – situação similar à recuperação judicial prevista nas leis brasileiras.
A dívida da empresa, que vence em 2022, soma mais de US$ 500 milhões. Em fevereiro, a varejista vendeu até sua sede em Los Angeles por US$ 166 milhões para angariar dinheiro.
A empresa possui atualmente mais de 800 lojas nos EUA, Ásia, Europa e América Latina. No Brasil, a rede atua desde 2014.
Em comunicado, a Forever 21 informou que deverá fechar entre 300 e 350 lojas em todo o mundo, incluindo 178 somente nos EUA.
“Como parte da estratégia de reestruturação, a companhia planeja sair da maioria de suas localizações internacionais na Ásia e na Europa, mas continuará suas operações no México e na América Latina”, afirmou a empresa.
Na semana passada, a Forever 21 informou que sairá do Japão, onde tem 14 lojas.
Fundada em 1984, seu modelo é baseado em roupas baratas, de qualidade inferior, e com diversas coleções novas por ano, para estimular o consumo principalmente do público mais jovem.
Várias razões podem justificar o colapso da Forever 21. O aumento da concorrência da Zara e da H&M, que oferecem peças com uma qualidade ligeiramente maior por alguns dólares a mais, e o fato do co-fundador Do Won Chang ter se concentrado em manter uma participação controladora, dificultando os esforços para angariar novos fundos, estão entre os motivos para o pedido judicial da empresa.
Além disso, analistas apontam que ela não acompanhou e ignorou o crescimento da venda de roupas e acessórios no comércio online, perdendo para rivais como a Amazon.com.
*Com agências