A britânica Thomas Cook, segunda maior operadora global de viagens e a mais antiga do setor no mundo, declarou falência nesta segunda-feira (23), o que obrigou as autoridades a iniciar uma operação sem precedentes para repatriar 600 mil clientes em vários países.
A empresa, pioneira das viagens turísticas, com 178 anos, negociou intensamente durante todo o fim de semana em busca de uma injeção de capital de 200 milhões de libras (R$ 1,03 bilhão) para evitar o colapso. Mas as conversações fracassaram e a operadora encerrou as atividades.
O grupo registrou uma forte queda em seus negócios nos últimos anos, consequência da concorrência intensa dos sites de viagens e das dúvidas dos turistas a viajar ante as incertezas sobre o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), adiado duas vezes neste ano.
A companhia, que empregava 22 mil pessoas, sendo 9 mil no Reino Unido, “interrompeu suas operações com efeito imediato”, conforme indicou o órgão regulador em nota.
Os países com mais turistas afetados pela quebra são Grécia, Turquia, Tunísia e Espanha, informou a Embaixada do Reino Unido em Madri nesta segunda.
O grupo anunciou sua quebra no Twitter: “Lamentamos anunciar que a Thomas Cook cessará sua atividade com efeito imediato. Esta conta não será monitorada. Por favor, visite thomascook.caa.co.uk para mais orientações e informações”. O diretor da companhia, Peter Fankhauser, também pediu desculpas em um comunicado: “Gostaria de pedir nosso perdão a milhões de clientes, milhares de funcionários e sócios que nos apoiaram durante tantos anos”.
*Com agências