A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado debate nesta terça-feira (3), em audiência pública, às 15h, a sugestão legislativa, de iniciativa de William Menezes, um morador de Sergipe, que pede a criminalização da atividade de coaching no Brasil.
A ideia do debate é acumular argumentos para analisar a petição popular de Menezes, que já recebeu mais de 20 mil apoios. Segundo Menezes, a atividade deve ser criminalizada, por envolver técnicas de administração, psicologia e neurociência e não ser executada por profissionais dessas áreas específicas.
“Se tornada lei, não permitirá o charlatanismo de muitos autointitulados formados sem diploma válido. Não permitindo propagandas enganosas como: ‘reprogramação do DNA’ e ‘cura quântica’. Desrespeitando o trabalho científico e metódico de terapeutas e outros profissionais das mais variadas áreas”, avalia o autor da ideia.
A relatoria é do senador Paulo Paim (PT-RS), que ainda está analisando a matéria. Se aprovada, pode virar projeto de lei.
“Estima-se que a prática de coaching já movimente algo em torno de R$ 50 milhões por ano. No mundo todo, gera em torno de US$ 2,5 bilhões. Trata-se, portanto, de uma área profissional que está em franca expansão e já se apresenta economicamente significativa. Isso reforça a necessidade desse debate e, ao mesmo tempo, mostra que vão surgindo outras formas de trabalho”, analisou Paim.
De acordo com a International Coach Federation (ICF), a maior associação global desses profissionais, mais de 70 mil pessoas são coachs no Brasil.
O que é coaching
Originária do idioma inglês, a palavra coach significa treinador. No mercado de trabalho, ele é o instrutor capacitado a ajudar pessoas a atingirem mais rapidamente as suas metas na vida pessoal e profissional. O coach também é contratado por empresas na busca de resultados em curto prazo. Nos EUA, onde a atividade surgiu há algumas décadas, a carreira já movimenta US$ 2,5 bilhões ao ano.
Na teoria, qualquer profissional pode se tornar um coach, desde que domine os conhecimentos dentro da sua área. Na prática, é preciso também estar preparado para lidar com pessoas; ajudar os clientes a identificar limites, superar desafios e desenvolver o seu potencial.
Nesse sentido, os cursos de preparação para ser coach (ou seja, o treinamento do treinador) lançam mão de diversas técnicas e recursos da programação neurolinguística, da gestão de pessoas, da psicologia, da sociologia e outras áreas da ciência.
Capacitado e certificado em coaching, que é o método usado para o desenvolvimento humano, esse profissional pode começar a atuar. Os valores cobrados por um curso ou uma sessão no acompanhamento do cliente variam de acordo com a duração do processo, o tipo de projeto e a experiência do coach.
Pessoalmente ou via internet, esses profissionais atendem aos mais variados casos: desde pessoas em busca de uma promoção no emprego, de um relacionamento amoroso ou até de um despertar espiritual.
*Com informações da Agência Senado