O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista SCPC–, registrou alta de 1,6% em julho. Na comparação com julho de 2018, houve diminuição de 0,9%, de forma que, no ano, o indicador acumula queda de 6,1%.
Em termos regionais, o acumulado do ano apresenta alta apenas na região Norte (0,5%). Em sentido oposto, na região Sul foi registrada a maior redução (-13,7%), seguida do Sudeste (-5,6%), Centro-Oeste (-4,7%) e Nordeste (-3,3%).
Na comparação mensal, contudo, todas as regiões apresentaram alta no período.
Se, por um lado, o indicador de inadimplência vem apresentando queda em 12 meses, sugerindo que boa parte dos consumidores ainda estão conseguindo manter em dia o pagamento de novas dívidas, por outro lado, o indicador de recuperação também segue em queda nesta base de comparação (-3,1% em julho), sinalizando dificuldade dos consumidores com dívidas em atraso de reequilibrarem a sua situação financeira e saírem do cadastro de inadimplentes.
Entre os principais fatores por trás desta dificuldade, é possível apontar os elevados níveis de desocupação e subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda, segundo o Boa Vista, bureau de crédito.
Apesar da alta do indicador em julho, ainda não há indícios sólidos de melhora na recuperação de crédito. O que pode ser observado com a continuidade da trajetória de queda no acumulado em 12 meses, conclui, em nota.