O relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou nesta quinta-feira (19) um novo parecer da reforma da Previdência, após acatar uma das 77 emendas propostas, que vai beneficiar servidores públicos.
A emenda, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), derruba trecho que obrigava servidores que entraram antes de 2003 a contribuírem por 35 anos, no caso dos homens, e 30 das mulheres, para ter direito à totalidade de gratificações variáveis (bônus por produtividade, desempenho e decorrentes de cursos de especialização).
Isso significa que permanece valendo a regra atual: cada Estado estabelece um critério para cálculo dessas aposentadorias.
Segundo Tasso, a mudança não vai ter impacto na economia da União com a reforma da Previdência, calculada em ao menos R$ 870 bilhões em dez anos.
Apesar de ter caído do texto principal, o artigo em questão vai ser incluído na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) paralela, que, entre outras coisas, buscar incluir Estados e municípios na reforma.
Também foi corrigida a redação do trecho que inclui os informais entre os trabalhadores de baixa renda que terão acesso ao sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas favoráveis.
Os senadores pediram vista para analisar o novo texto da reforma e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), marcou a votação para a próxima terça-feira (24), a partir das 10h, a discussão do texto. A previsão é que a discussão se prolongue pela tarde, mas que o texto seja entregue para debate em plenário no Senado no mesmo dia.
“Em 10 de outubro temos condições de entregar para o Brasil a reforma da Previdência”, estimou Simone, em entrevista após a reunião.
Entre outros pontos, a reforma da Previdência aumenta o tempo para se pedir a aposentadoria, eleva as alíquotas de contribuição e estabelece novas regras para ter acesso a benefícios e muda o cálculo da aposentadoria
*Com Agência Senado