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Reforma da Previdência dos militares foi aprovada: veja o que muda

Projeto, que inclui reestruturação da carreira da categoria, deve gerar uma economia de R$ 10,45 bilhões aos cofres públicos em dez anos; proposta seguiu para sanção presidencial

Bárbara Leite

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Além das Forças Armadas, novas regras, que vão para sanção, vale também para bombeiros estaduais e policiais militares–Foto: Agência Brasil

O Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto do governo que reestrutura a carreira e a Previdência dos militares, que agora seguiu para sanção presidencial. A estimativa é que as mudanças custem R$ 86,85 bilhões, contra economia de R$ 97,3 bilhões. Com isso, entre custos com a reestruturação das carreiras e poupança com os ajustes previdenciários, a reforma da Previdência dos militares deve gerar R$ 10,45 bilhões de economia aos cofres públicos em dez anos.

Com a aprovação do projeto, o governo espera um superávit de R$ 2,29 bilhões para os cofres da União até 2022.

A reforma da Previdência geral, que, entre outras novidades acabou com a aposentadoria por tempo de contribuição impondo uma idade mínima para se pedir o benefício, prevê um ganho de R$ 800 bilhões no período.

Leia também: Votação da reforma da Previdência é concluída: veja o que vai mudar na sua vida

O projeto dos militares inclui mudanças mais suaves para os integrantes das Forças Armadas em relação aos civis. Não haverá idade mínima de aposentadoria, por exemplo, e a regra de transição será mais vantajosa.

As novas regras também vão valer para policiais militares e bombeiros estaduais.

Adicional por exclusividade

O projeto cria o Adicional de Compensação de Disponibilidade Militar, relativo à disponibilidade permanente e à dedicação exclusiva, características da carreira.

Esse adicional no soldo (o salário dos militares) será maior quanto maior for a patente do militar, tanto para oficiais quanto para praças. Varia de 5% para militares em início de carreira a 32% no final. Para os oficiais-generais, o percentual vai de 35% a 41%.

Reajustes por cursos realizados

A proposta ainda prevê reajustes anuais, até 2023, nos percentuais do Adicional de Habilitação (por cursos realizados), que serão incorporados aos soldos.

O texto também trata de gratificações de representação– adicional de 10% será pago a militares em função de comando, direção e chefia–, auxílio-transporte e ajudas de custo.

Alíquotas de contribuição ao INSS sobem

A alíquota da contribuição de ativos e inativos, para pensões militares, para o INSS passará dos atuais 7,5% para 10,5% e os pensionistas passarão a recolher pelo menos 10,5% a partir de 2021.

A alíquota chegará a 13,5% para alguns casos de filhas pensionistas vitalícias não inválidas. Atualmente, os pensionistas não recolhem contribuição previdenciária.

Além disso, os militares já pagam contribuição de 3,5% a título de assistência médica, hospitalar e social. O projeto não altera essa condição. Com isso, a soma das duas contribuições para ativos, inativos e pensionistas chegará a 14%.

Tempo de serviço mínimo para aposentadoria aumenta

O texto também aumenta o tempo de serviço mínimo para aposentadoria de 30 para 35 anos e reduz o rol de dependentes e pensionistas.

Para quem já ingressou na carreira, haverá uma regra de transição com cobrança de pedágio de 17% sobre o tempo que falta para requerer a reserva pelas regras atuais.

A permanência em cada posto também ficará mais longa.

*Com informações da Agência Senado

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