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Menos brasileiros acham que situação econômica vai melhorar, diz Datafolha

Pesquisa, feita no fim de agosto, mostra que despencou a parcela dos que acreditam que a economia terá uma melhora: eram 65% em dezembro; agora são 40%; pessimismo é maior entre as mulheres e entre os mais pobres e menos escolarizados; bolsonaristas seguem otimistas

Bárbara Leite

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Para maioria da população, crise vai demorar para passar, segundo pesquisa do Datafolha–Agência Brasil

Levantamento do Datafolha mostra que despencou de 65%, em dezembro– pouco antes do início do governo Bolsonaro–, para 40%, no fim de agosto, a parcela de brasileiros que acredita que a situação econômica do país vai melhorar.

O percentual já havia recuado para 50% em abril deste ano e para 46% no início de julho.

Por outro lado, a avaliação de que vai piorar aumentou, passando de 9% em dezembro para 18% em abril, 19% em julho e 26% em agosto.

O percentual dos entrevistados que dizem que a economia ficará como está oscilou dentro da margem de erro nos três últimos levantamentos e está agora em 31%. Outros 3% não sabem.

Para maioria, crise vai demorar para acabar

O Datafolha também mostra que a maioria dos brasileiros diz que a crise econômica vai demorar para acabar e que o que o Brasil não vai voltar tão cedo.

No fim do ano passado, a posição majoritária era que o período de recessão, seguido de baixo crescimento, estava próximo do fim.

Quando lhes foi perguntado sobre crise econômica que o país vive nos últimos anos, 59% responderam que ela demora a acabar e que o Brasil não volta a crescer tão cedo. No levantamento, em dezembro, eram 42%.

Na época, 50% afirmaram que a crise iria terminar em breve e que o país voltaria a crescer nos meses seguintes. Em agosto deste ano, esse percentual estava em 35%. Outros 4% dizem que a crise já acabou, e 3% não sabem.

Elas estão mais pessimistas; bolsonaristas seguem otimistas

O pessimismo é maior entre mulheres (61%) do que entre homens (56%) e diminui conforme aumenta o grau de escolaridade e a renda familiar. Ou seja, o pessimismo é maior entre os mais pobres e menos escolarizados.

O otimismo em relação ao fim da crise só supera o pessimismo entre os simpatizantes dos PSL (para 80% deles, ela já acabou ou acaba em breve), entre os que avaliam o presidente da República como ótimo ou bom (70% fazem a mesma avaliação) e entre os que votaram em Jair Bolsonaro em 2018 (60%)

Depois de dois anos de recessão (2015 e 2016), o país cresceu apenas 1,1% em 2017 e em 2018. Para 2019, a expectativa é uma expansão ainda mais fraca, de 0,8%.

As estimativas para 2020 estão em queda em razão da desaceleração da economia mundial e já ficam abaixo de 2%.

O Datafolha ouviu 2.878 pessoas em 175 municípios de todas as regiões do país em 29 e 30 de agosto. 

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

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