O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), principal articular das reformas do presidente Jair Bolsonaro e considerado uma espécie de primeiro-ministro do Brasil, deixou no ar neste sábado (5) que pode disputar a Presidência da República em 2022.
Em evento organizado pela revista Piauí, em São Paulo, Maia negou ter apoiado o chamado “parlamentarismo branco” no começo do governo Bolsonaro e que tivesse vontade de ser o presidente da República.
Maia afirmou que, se fosse para ser presidente, teria aproveitado o momento de fraqueza do governo Temer, quando nove de cada 10 deputados que conversavam com ele o orientavam a trabalhar pelo impeachment do emedebista.
Ao ser questionado sobre o que pensava para 2022, respondeu: “no voto é outra coisa”. A afirmação levou a plateia às gargalhadas.
No evento, disse ainda que há espaço para uma nova força na política brasileira, entre extrema direita, onde está o presidente Jair Bolsonaro, e a esquerda, onde se encontra o Partido dos Trabalhadores). A afirmação foi feita em resposta a jornalistas, que questionaram sobre a criação de um possível bloco político de centro-direita para confrontar Bolsonaro.
“Tem um espaço no centro brasileiro para se construir um espaço de poder no Brasil. À direita o Bolsonaro, à esquerda o PT. E a sociedade está procurando um caminho, um projeto, um programa que tem que ter seus princípios e ter seus líderes”, afirmou.
Maia ressaltou que o tal bloco, se for construído, não tem por objetivo a eleição de 2022. “Estou falando de espaço de diálogo com a sociedade nas agendas das reformas, nas discussões da desigualdade, redução da pobreza, melhoria na qualidade do ensino e serviços públicos. É nesse ambiente que a gente precisa dialogar. As eleições vêm depois”, disse.
*Com agências