O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lançou um plano para zerar a fila de espera dos pedidos de aposentadorias e pensões. Atualmente, mais 1,3 milhões de processos estouraram o prazo máximo de 45 dias para obter uma resposta do instituto. A demora chega a seis meses. Entre as iniciativas, está o pagamento de bônus por produtividade e realocação de funcionários para a análise dos pedidos de benefícios.
A meta é acabar com essa fila até ao fim do ano e passar a respeitar o prazo regular de 45 dias nos novos pedidos, segundo o presidente do INSS, Renato Vieira.
Segundo o órgão, essa adequação ao prazo vai diminuir os gastos da Previdência, pois quando o pedido dos trabalhadores é deferido, é necessário pagar correção monetária sobre o prazo excedente. Além disso, a demora também tem levado muitas pessoas à Justiça, onerando mais o instituto.
Confira o que será feito para zerar a fila por benefícios previdenciários
- Bônus a servidor por produtividade: Será criada a opção de trabalho por produtividade, em vez da tradicional jornada de trabalho (com horário de entrada e saída controlado pelo ponto). Quem optar por essa nova alternativa deve concluir entre 110 a 115 processos por mês (cerca de 5 processos diários), contra uma média, atualmente, de 55 processos (2,5 pedidos diários), sem necessidade de bater ponto. Quem passar a meta, ganhará um bônus, de R$ 57,50, por pedido analisado.
- Home-office: Outra opção, que será criada, é a do trabalho em casa. Neste caso, a meta é mais alta, entre 120 a 130 processos por mês (cerca de 6 processos por dia). Cada análise extra concluída será remunerada, também, com o bônus por produtividade de R$ 57,50.
- Concessão automática: serão aumentadas as aprovações automáticas de benefícios pedidos, para quem está com todo o cadastro correto. Atualmente, já isso acontece para a aposentadoria por idade e salário-maternidade (auxílio pago a trabalhadora que ficar afastada por motivos de gravidez ou adoção). São 1,5 mil processos concedidos diariamente dessa forma. A meta é chegar a 100 mil por mês até o fim de 2019.
- Mais servidores para análise dos benefícios: Também serão remanejados servidores para tratar das análises dos pedidos da aposentadoria e pensões. Hoje, apenas 17% dos funcionários se dedicam à análise dos processos.
*Com informações do G1