A greve programada por um grupo de caminhoneiros para esta segunda-feira (16) acabou por não acontecer. A paralisação deveria ter começado às 6h, mas não houve registro de qualquer paralisação significativa nas estradas do país ao longo do dia.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nenhuma das rodovias federais apresentou problemas.
Não houve movimentação nem nos locais que tiveram pontos de bloqueio na paralisação organizada pelo mesmo grupo em setembro, como Barra Mansa (RJ).
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), uma das entidades que liderou a greve de 2018, afirmou que também não identificou qualquer movimentação ou adesão por parte da base coligada.
Marconi França, de Pernambuco, principal articulador nacional da greve, ainda não comentou a falta de adesão dos motoristas autônomos à mobilização.
Para o caminhoneiro Sergio Henrique Silva, liderança na Bahia e um dos apoiadores da greve, “os caminheiros foram omissos, como grande parte do povo brasileiro. Nós só queremos melhorias para a classe e para todos os brasileiros, mas a maioria (dos caminhoneiros) entendeu que não era hora e não quis aderir (à paralisação)”.
Segundo Silva, um dos motivos para a greve não ter ocorrido foi a promessa feita pelo governo de publicar amanhã (17) o novo Ciot (Código Identificador da Operação de Transportes), ferramenta que rastreia e identifica empresas que não pagam o valor mínimo do frete.
“Com o Ciot para todos, as empresas que não pagam o [frete] mínimo e sonegam impostos serão punidas. Essa promessa fez com que muitos recuassem, mas essa é só uma das várias reivindicações, ainda falta muita coisa”, disse. “E, se ele [o governo] voltar atrás, iremos marcar outra [greve].”
*Com UOL