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Alemanha e Trump aliviam, mas dólar fecha 5ª semana com alta e acima dos R$ 4

Moeda dos EUA tem arranque no fim do pregão e acumula avanço de 1,574% na semana; Ibovespa segue exterior, mas tem queda semanal de 4%

Bárbara Leite

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Moeda dos EUA termina semana com valorização de 1,57%-Foto: Reprodução

Mesmo com a fala do presidente dos EUA, Donald Trump, e a indicação de que a Alemanha deve adotar um pacote de estímulos à sua economia, o dólar subiu no fim e encerrou nesta sexta-feira a R$ 4,004, uma alta de 0,34% ante o pregão anterior. No acumulado da semana, o valor da moeda dos EUA valorizou 1,57%.

Pela manhã, na ausência de novos conflitos entre EUA e China, a moeda negociava em queda. Na mínima do dia, foi a R$ 3,98. A mudança de tom do Trump ajudou a forçar a queda. O líder americano declarou que a guerra comercial com a China será relativamente curta. I

Investidores também se animaram com a notícia de que o governo alemão está preparado para adotar estímulos fiscais para enfrentar uma possível recessão. Um estímulo pode amenizar os receios com um enfraquecimento da economia mundial.

A Bolsa brasileira seguiu o ânimo externo com essas duas notícias e terminou com alta 0,76%, a 99.805,78 pontos. Mesmo com o avanço desta sexta, o índice acumulou baixa de 4,03% na semana.

De acordo com relatório da Guide Investimentos, o destaque de alta no pregão desta sexta foram as ações das empresas de construção civil. As ações reagiram a liberação pelo Conselho Monetário Nacional das mudanças no crédito imobiliário, que será vinculado ao IPCA, a inflação oficial ao invés de utilizar a Taxa Referencial (TR). A medida é positiva e possibilita aos bancos a emissão de títulos no mercado de capitais para financiar o crédito imobiliário. Os papéis da Cyrela subiram 2,7%, a Even (3%) e a Eztec (4,8%).

Leia também: Caixa vai mudar índice, e financiamento da casa própria deve ficar mais barato: entenda

Lá fora, o humor desta sexta contrastou com o pessimismo ao longo da semana, que começou com o Lunes Negro (segunda-feira sangrenta na Argentina), com os mercados reagindo ao resultado surpresa das eleições prévias da Argentina que dão quase como certa a volta ao poder da esquerda.

Tivemos a ameaça de “contramedidas” da China, em resposta às novas tarifas que Trump prometeu que vão entrar em vigor no dia 1º de setembro. No total, mais US$ 300 bilhões em produtos chineses vai pagar taxas de 10% de importação para os EUA.

A divulgação de dados da economia alemã e dos 19 países da Zona do Euro, além de indicadores da produção industrial da China e dos EUA mostraram clara desaceleração da atividade no mundo, e foi outros fatores que puxaram o dólar e baixaram o Ibovespa nesta semana.

O arranque do dólar no fechamento nesta sexta pode ser atribuído ao fato do mercado costumar procurar proteção no dólar antes do fim de semana, quando os mercados estão fechados e não dá para negociar a moeda. Isso acontece mais frequentemente em tempos de turbulência e incerteza. O mesmo aconteceu com outras moedas de emergentes, como o peso mexicano.


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