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Dólar ‘ignora’ alívio da guerra comercial e bate R$ 4,11 com Fed, Previdência e petróleo

Moeda americana valorizava nesta terça (17) com a decisão dos juros americanos, andamento da reforma previdenciária e ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita no radar

Bárbara Leite

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Moeda americana fechou em alta de 0,16% na semana passada-Foto: Reprodução

O dólar iniciou os negócios desta terça-feira (17) em alta, depois de ter encerrado com ligeiro aumento na véspera, diante das expectativas com a decisão de juros do Fed (Banco Central dos EUA) desta quarta e com o temor de escalada dos preços do petróleo e de um conflito armado entre EUA e Irã, após ataques à maior refinaria do mundo na Arábia Saudita neste sábado. Também segue no radar dos investidores, o andamento da reforma da Previdência, que recebeu 77 emendas no Senado.

A alta se dá apesar da notícia de negociadores comerciais de segundo escalão dos EUA e da China vão se reunir em Washington a partir da quinta-feira (19), para preparar o caminho para negociações de alto nível em outubro que visam buscar uma solução para a amarga guerra comercial.

Pelas 10h39, o dólar era negociado a R$ 4,113, com alta de 0,55%.

Nesta quarta, o Fed vai decidir se baixa ou não os juros novamente. O mercado aposta em um corte de 0,25 ponto percentual, mas até à confirmação a cautela vai predominar. Há receios de que a recente escalada do preço do petróleo- nesta segunda, fechou com alta de 14,6%, a maior em quase 30 anos- possa acabar mudando os planos previstos para a autoridade.

O petróleo negocia nesta quarta em queda, de cerca de 1,30%, mas o mercado ainda segue preocupado com o preço da commodity (matéria-prima) e temores de retaliação no Oriente Médio, depois que a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, reduziu pela metade a sua produção

Nesta segunda (16), o presidente dos EUA, Donald Trump, depois de ter acusado o Irã pelos ataques, intensificando o medo de um conflito armado na região, veio dizer que não quer guerra com ninguém e que prefere verificar quem foi o responsável pelo atentado.

Reforma da Previdência

Os investidores, principalmente os estrangeiros, continuam de olho no andamento da reforma da Previdência. Nesta segunda-feira, aconteceu a quinta e última sessão de discussão em primeiro turno. O texto recebeu 77 emendas, principalmente de partidos da oposição, para alterar pontos como a fórmula de cálculo do benefício e a regra de transição para o sistema de idade mínima.

Há preocupação de que a reforma seja desidratada durante a votação das emendas no plenário do Senado. De acordo com estimativas do governo, o texto aprovado na CCJ tem capacidade de levar a União a uma economia de R$ 876,7 bilhões em 10 anos. O valor já representa perda de R$ 56,8 bilhões em relação à proposta aprovada pela Câmara.

A votação final do texto principal no plenário do Senado está prevista para ocorrer até o dia 10 de outubro.

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