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Dólar dispara e fecha perto de R$ 3,82, com fala de líder do BC americano

Sinalização de que o Fed não deve promover novos cortes nas taxas por lá desanimaram os investidores; moeda está no maior nível em um mês

Bárbara Leite

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Declarações do presidente do Fed (banco central dos EUA), Jerome Powell, frustaram o mercado financeiro, nesta quarta-feira (31), levando o dólar a virar e a fechar com alta de 0,70% a R$ 3,817. É o maior valor em quase um mês.

Antes da fala de Powell, a moeda dos EUA caía perto de 0,85% e era negociada a R$ 3,794, na expectativa, que foi confirmada, de corte na taxa básica americana, o primeiro em 11 anos.

“A fala de Jerome Powell força o dólar para cima com o comentário de que o corte foi um “ajuste de ciclo”, o que significaria que não há planos para novos cortes”, explicou Pablo Spyer, diretor de operações da Mirae Asset.

Segundo Spyer, o dólar sobe com a “impressão mais forte dos investidores de que o corte desta quarta foi um corte único e não uma mudança de tendência, um início do ciclo de afrouxamento monetário”.

Cortes maiores dos juros nos EUA tendem a atrair ainda mais capital para o Brasil e a aliviar a cotação do dólar. As sinalizações de Powell, portanto, significam que os juros não vão passar por um ciclo de baixas, o que pode reter o capital por lá, penalizando o Brasil.

O volume de negócios da moeda disparou. No dólar futuro, mais de 753 mil contratos já foram negociados, o que torna esta sessão a mais movimentada desde 27 de novembro de 2015.

Nesta quarta, o BC dos EUA, que havia sendo pressionado pelo presidente Donald Trump, reduziu a sua taxa básica em 0,25 ponto pela primeira vez em 11 anos, que agora varia entre 2% e 2,25%. A decisão não foi unânime: oito membros apoiaram o corte; dois queriam a manutenção da taxa.

*Com agência Reuters

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