Em pregão com noticiário esvaziado sobre a reforma da Previdência e exterior mais calmo, o dólar encerrou com ligeira queda de 0,15% em exatos R$ 3,74 nesta segunda-feira (22).
Na última sexta-feira (19), a moeda dos EUA havia dado um salto de quase 0,50%, depois de ter recuado ao menor nível em cinco meses na véspera com declarações do vice-presidente do Fomc (Copom americano), John Williams, de que os juros americanos pudessem sofrer um corte de 0,50 ponto percentual, acima do esperado– um movimento que tenderia a atrair capital para o Brasil.
Na sessão desta segunda, com o Congresso em recesso e sem outras novidades sobre a reforma da Previdência, os investidores seguiram o exterior mais calmo enquanto aguardam sinais sobre a trajetória de juros de grandes bancos centrais do mundo.
Segundo Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, o fluxo de entrada de recursos estrangeiros derrubou o valor de divisa americana nesta segunda. “Mesmo não sendo muito relevante para um dia normal, o volume de entrada de recursos pressionou o dólar para baixo devido ao pouco volume transacionado na Bolsa, já que o mercado opera em compasso de espera pela aprovação da reforma da Previdência”, disse Spyer.
No radar dos agentes financeiros, está também o anúncio da liberação dos saques das contas ativas e inativas do FGTS, que deve injetar R$ 30 bilhões na economia brasileira, previsto para esta quarta (24), e a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), na próxima semana, sob expectativa de que o Banco Central (BC) reduzirá a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual.