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Brasileiro não passa uma hora sem celular e joga games no meio de reuniões no trabalho

Mandar áudio por preguiça de digitar e usar fone mesmo sem ouvir nada para não ser incomodado são outros hábitos de quem usa smartphone no país, mostra pesquisa da Hibou

Bárbara Leite

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Uso excessivo de celular já deixa marcas de cotovelos nas pernas de 44% dos brasileiros-Foto: Pixabay

Estudo realizado pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, que pesquisou os hábitos de uso de celular no país em julho, revela que os brasileiros não largam seus smartphones nem de madrugada ou em pleno horário de trabalho ou de aula.

A pesquisa, que ouviu 2 mil brasileiros que possuem smartphones, entre 16 e 45 anos, mostra que 91% dos brasileiros não conseguem ficar longe do celular por mais de uma hora e 43% admitem que já jogaram joguinhos pelo aparelho no meio de uma reunião de trabalho ou aula.

Um total de 67% diz que se cobra de deixar seu celular no silencioso durante a noite, mas que nunca o faz. Também 66% dos entrevistados afirmaram dar aquela “olhadinha” sempre que acordam no meio da noite, uma alta de 10% em relação a abril de 2018, diz o órgão.

Hábito de compras

Em relação a hábitos de consumo pelo celular, 73% dos brasileiros pedem mais comida delivery que antes por conta da facilidade do app em seu celular. Hoje, 42% dos brasileiros pagam a maioria de suas contas pelo aplicativo do banco. Em abril de 2018 eram 34%.

E 54% das pessoas consultam preços de produtos pelo celular quando vêem algo interessante em uma loja física.

Celular: um aliado?

Outra das conclusões do levantamento é que 64% dos entrevistados afirmaram que já colocaram o fone de ouvido e plugou no celular, com ou sem música, só para não terem que conversar com ninguém.

Uma fatia de 68% das pessoas usa o celular como lanterna com frequência e 88% procuram por um assunto no celular no meio de uma discussão.

O aparelho também é utilizado por 33% para o controle da saúde; em abril de 2018, eram 26%, um crescimento de 27%.

Em julho de 2019, 42% dos brasileiros pagam a maioria de suas contas pelo aplicativo do banco, contra 34% em abril de 2018.

Áudios e vídeos em alta

Perguntadas, 91% das pessoas disseram que gravam áudios por preguiça de digitar, mesmo sem intimidade com a pessoa com quem estão conversando. Isso representa um crescimento expressivo de 40%, pois em abril de 2018 eram 65%.

Um parcela de 60% dos entrevistados afirma que perde a noção do tempo vendo posts e vídeos no celular. E entre um tutorial por escrito ou vídeo, 59% afirmaram que preferem as explicações em vídeo.

Marcas no corpo e na ‘alma’

O uso excessivo do aparelho já deixa marca no corpo dos internautas: 44% das pessoas afirmaram que aumentaram o número de marcas de cotovelo logo acima do joelho.

Uma parcela de 45% das pessoas já pediu carregador emprestado para quem não conhecia, um crescimento de 22% em relação à pesquisa anterior.

Relação com apps

Sobre aplicativos, 69% dos brasileiros afirmaram neste ano que, ao menos metade, de seus apps ficam logados o tempo todo em seus celulares, enquanto 70% já jogaram o mesmo joguinho vários dias ou semanas seguidas, depois nunca mais abriram. Um crescimento de 19% em relação a abril de 2018.

Metade dos entrevistados, 51% afirmaram que já baixaram um aplicativo e nunca usaram.

A maior parte, 60%, afirmou que coloca a maioria dos grupos do Whatsapp no silencioso, isso significa um crescimento de 23%, comparado a 2018. E 64% dos brasileiros apagam sempre seus históricos de conversas.

Um terço, ou 32%, só abre o Twitter quando tem uma polêmica rolando, e 88% afirmaram que já caíram em uma “fake news” pelo celular.

O celular é usado por 85% para acessar as redes sociais, uma alta de 15% ante abril de 2018 (74%).

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