Apesar da Black Friday, sexta-feira de descontos no comércio virtual e lojas físicas, neste ano coincidir com a data limite para o pagamento da primeira parcela do 13º, dia 29 de novembro, a maioria dos consumidores (74%) que vai receber o benefício não pretende gastá-lo com as compras no evento. O dado é de pesquisa realizada pelo site oficial do evento com 1.297 pessoas.
“Os brasileiros costumam usar o 13º para quitar alguma dívida. Esta renda extra ajuda indiretamente nas compras da Black Friday, visto que o consumidor tem mais liquidez; mas não diretamente, como esperado. Isso demonstra maior maturidade do brasileiro em relação ao consumo”, avalia Ricardo Bove, idealizador do Black Friday.
A grande maioria (70%) pretende gastar mais de R$ 500, e quase a metade dos consumidores (47%) mais de R$ 1.000. Entre os entrevistados, 26% também pretende comprar para terceiros, sendo que 42% destes pretende desembolsar menos de R$ 200.
O preço, como já esperado, é o principal fator que determina a compra para 90% dos entrevistados. No entanto, indo de encontro com essa lógica, o segundo fator mais importante para os brasileiros é a confiança na loja (61%), antes mesmo do custo do frete (45,1%).
“O brasileiro tende a ser desconfiado no que diz respeito ao meio digital. Por isso, ele é mais fiel e tende a comprar sempre na loja que já conhece e teve boa experiência”, analisa Bove.
Pesquisa x oferta imperdível
Embora as pessoas saibam o que querem comprar–51% dos entrevistados disseram que em 2018 compraram os produtos da sua lista– e pesquisem muito antes do evento ( 97% já têm uma ideia dos preços antes), a pesquisa mostrou também que quase metade dos consumidores (51%) comprou algo que não estava planejado.
“Isso mostra que os brasileiros se preparam para o evento, mas muitos também acabam se rendendo às oportunidades da data”, relata Bove.
De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros (82%) costuma usar cartão de crédito como meio de pagamento na Black Friday e 69% parcelou suas compras em 2018.
O primeiro item que será mais procurado neste ano é o celular (37% dos consumidores querem comprar um aparelho novo), seguido por eletrodomésticos (36%) e TVs (29%).