A livraria Saraiva, em processo de recuperação judicial desde novembro de 2018, tem 34 de suas 75 lojas alvo de ações de despejo, informou nesta segunda-feira (22) a rede de livrarias, em nota de esclarecimento à B3.
Das 34 ações de despejo de lojas em andamento, 28 ainda tramitam em 1ª instância, sete tiveram pedidos de liminares deferidos e três tiveram seu efeito suspenso.
Além disso, seis ações de despejo estão em trâmite na 2ª instância e tiveram sentença procedente para conceder o despejo. Dentre elas, três tiveram efeito suspensivo concedido.
“Cumpre ressaltar, contudo, que todas as ordens de despejo estão suspensas por decisão superveniente proferida pelo juízo da Recuperação Judicial. A Companhia ressalta que continuará, como historicamente sempre o fez, cumprindo suas obrigações com todos os órgãos legislativos, regulatórios, e para com seus acionistas e mercado em geral”, afirmou a Saraiva.
A empresa diz que essas ações não trouxeram impacto na operação da companhia até o momento.
Os dados constam em comunicado de esclarecimento feito à B3.
Com uma dívida estimada em R$ 675 milhões, a rede entrou com pedido de recuperação judicial para evitar fechamento de mais estabelecimentos e entrar na falência. Até agora já foram 29 encerradas. As ações despejo podem levar ao fechamento de mais unidades.
O setor livreiro do Brasil passa por uma grave crise financeira. A Livraria Cultura também entrou com pedido de recuperação judicial no ano passado, depois de ter comprado a operação brasileira da francesa Fnac, que saiu do Brasil.