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Lucro da Ambev cai 11,6% no 3º trimestre, acima do esperado

Cervejaria confirmou que seu resultado líquido recuou após três trimestre de alta; pesou a maior despesa com IR e o ‘cenário macroeconômico desafiador’

Bárbara Leite

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Vendas da dona da Brahma e da Skol subiram 8% de julho a setembro, alta menor que a estimada–Foto: Divulgação

Após três trimestres consecutivos de ganhos nos lucros, a Ambev (ABEV3), como esperado, teve queda no resultado líquido no terceiro trimestre. De acordo com a cervejaria, seu lucro líquido ficou em R$ 2,49 bilhões de julho a setembro, queda de 11,6% sobre os R$ 2,82 bilhões um ano antes. O lucro é o atribuível aos controladores, base para a distribuição de dividendos.

O consenso do mercado era de que o lucro da Ambev, dona das marcas Brahma e Skol, entre outras, atingisse R$ 2,54 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 10,2% ante igual período de 2018. Segundo a empresa, pesou uma maior despesa de Imposto de Renda (IR), que parcialmente foi compensada por menores despesas financeiras. A despesa financeira da companhia recuou 53,7%, para R$ 305,7 milhões no período.

Já a receita líquida somou R$ 11,9 bilhões no terceiro trimestre, um crescimento anual de 8,1%. O número também ficou abaixo do projetado pelos analistas– R$ 12,4 bilhões, na média.

O custo de vendas da companhia cresceu 19,7% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 5,22 bilhões, em comparação aos R$ 4,36 bilhões do calendário anterior.

O volume consolidado no segundo trimestre cresceu 0,8%, para 37,7 milhões de hectolitros.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cedeu 3,9%, para R$ 4,41 bilhões. A cifra também alcançou um menor patamar que o esperado (R$ 4,82 bilhões).

“Ambiente macroeconômico desafiador’

“O terceiro trimestre foi de moderado desempenho, uma vez que o impacto de nosso ajuste de preços foi potencializado por descontos realizados pela concorrência no mesmo período e por um ambiente macroeconômico desafiador”, informou a companhia em relatório.

A Ambev informou em relatório que os desafios do ambiente macroeconômico geraram impacto no desempenho da companhia durante o trimestre e podem inibir a capacidade da companhia de acelerar o crescimento do Ebitda nos três últimos meses de 2019.

A empresa estima que ainda enfrentará desafios no quarto trimestre no Brasil. Ainda assim, a empresa segue confiante em relação ao potencial de crescimento no país.

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