Economistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma da riqueza produzida em um país) em 2019, após 20 semanas seguidas de reduções, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda (22).
Agora, a perspectiva é que a economia brasileira cresça 0,82%, contra 0,81% estimados na semana anterior. O anúncio de que o governo vai liberar saques das contas do FGTS para animar a economia pode explicar a melhora das previsões para o ano.
A estimativa para a inflação caiu dos anteriores 3,82% para 3,75% enquanto a da taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 5,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 6,50% e o mercado prevê que ela recue a 6,25% já na próxima quarta-feira (31).
A projeção para o dólar no fim de 2019 também diminuiu, de R$ 3,80 para R$ 3,75. Nesta segunda, a moeda dos EUA é negociada a R$ 3,74.
No primeiro trimestre, o PIB brasileiro havia recuado 0,2%, impactado pela tragédia em Brumadinho (MG) e por quedas da agropecuária e dos investimentos. Foi o primeiro resultado negativo trimestral desde o quarto trimestre de 2016 (-0,6%).
Os dados de abril e maio também não foram animadores, mas a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, que tende a elevar a confiança de empresários, levou o mercado a considerar que o país está mais longe de entrar em recessão, e já ensaia uma retomada.