Após a expressiva vitória da oposição nas eleições primárias do último domingo (11), o presidente da Argentina Maurício Macri anunciou nesta quarta-feira (14) uma série de medidas econômicas para tentar aliviar o bolso dos argentinos que o castigaram nas urnas.
Entre as ações anunciadas pelo presidente estão o aumento do salário mínimo, bônus salariais de R$ 5 mil pesos argentinos (R$ 340, na cotação de hoje) para funcionários públicos, o alívio da carga tributária para a classe média e o congelamento por 90 dias do preço da gasolina e dos combustíveis em geral.
Serão abatidos os impostos para famílias com dois filhos que ganhem até 80 mil pesos (R$ 5.440) por mês e haverá aumento da faixa de isenção do imposto de renda. Os trabalhadores autônomos terão uma redução de 50% dos impostos, além do pagamento dois bônus extras mensais de 1.000 pesos (R$ 68) por filho para famílias de trabalhadores informais e desempregados, em setembro e outro.
“São medidas que trarão alívio para 17 milhões de trabalhadores e suas famílias”, disse Macri, o favorito do mercado financeiro, em uma mensagem gravada antes da abertura dos mercados.
O custo das medidas é estimado em 40 bilhões de pesos, ou R$ 2,72 bilhões.
Como pacote, o liberal Macri tentar reverter a derrota quase certa para as eleições presidenciais de outubro, após perder neste domingo nas prévias para o candidato de esquerda Alberto Fernández, que tem Cristina Kirchner, como sua vice. A virada na política econômica da Argentina pesou sobre os mercados locais, levando o país a elevar os juros a 74% ao ano. No Brasil, a situação argentina fez o dólar voltar à casa dos R$ 4.
*Com agências