Na tentativa de estimular a economia nacional, que neste ano deverá crescer menos de 1%, o governo vai permitir saques de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) das contas ativas e inativas.
O anúncio oficial com os detalhes está previsto para esta quarta-feira (24), às 16h, mas o mais provável é que o governo limite a R$ 500 o saque por cada conta. Mas, segundo informou nesta terça (23) o ministro da Economia, Paulo Guedes, a liberação acontecerá todo o ano. Para 2019, a previsão é que ela injete R$ 30 bilhões na economia e mais R$ 12 bilhões no ano que vem).
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O dinheiro pode ser uma boa ajuda para quem está com aquela conta da luz ou a fatura do cartão atrasadas. Segundo especialistas em finanças, os inadimplentes devem usar os recursos do fundo prioritariamente para abater dívidas que possam estar sujando o seu nome.
Mas, antes de sair pagando, a orientação é entrar em contato com os credores e negociar um desconto para o abatimento em troca do pagamento total da conta. Não ceda imediatamente à primeira oferta de um banco, por exemplo, sem antes negociar.
Fale diretamente com o credor, pois há mais margem para negociação que em canais online e automáticos. Feirões Limpa Nome são uma alternativa, mas não têm data certa para acontecer, e a dívida cresce enquanto isso. Os Procons são também um caminho para fazer o diálogo da renegociação.
Se não der para negociar diretamente, há a possibilidade de se contratar uma fintech (empresas que oferecem serviços financeiros digitais), como a QueroQuitar, o Acordo Certo e o Blu365, que renegociam as dívidas por você. Quem sabe a conversa permita que os R$ 500 do FGTS sejam suficientes para sair do sufoco.
Para aqueles que o dinheiro só permite quitar uma parte, será preciso fazer um planejamento para acertar o restante. Definir exatamente quanto poderá ficar a parcela para ela caber no bolso é fundamental para não se cair novamente no ciclo da inadimplência. Nesse limite mensal, considere imprevistos.
Se não puder pagar todos os débitos, priorize aquelas de serviços básicos (água, luz e telefone) e as com juros altos (cartão de crédito e cheque especial, que chegam a ter juros de até 13% ao mês). Com isso, impede o interrompimento de serviços básicos e o pagamento de mais juros.
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