Dia das Crianças: em menos de 24 h, mais de 85 mil pessoas caem em golpes
Duas campanhas fraudulentas circulam no WhatsApp às vésperas da comemoração da data; objetivo é coletar dados e gerar tráfego para sites de criminosos, diz Kaspersky
Duas campanhas fraudulentas começaram a circular no WhatsApp às vésperas da comemoração do Dia das Crianças no Brasil. Uma delas abusa do nome de uma conhecida loja de brinquedos, enquanto outra promete livros de histórias da Turma da Mônica. Ambas campanhas visam coletar dados pessoais dos usuários e gerar tráfego para sites que estão em controle de criminosos, segundo informou a Kaspersky, empresa de cibersegurança.
O primeiro golpe se aproveita do nome da loja de brinquedos Ri Happy, prometendo um brinquedo de brinde, caso a URL seja acessada. Em menos de 24 horas da ativação da campanha, mais de 85 mil pessoas já clicaram no link malicioso.
O link direciona para um site informando que a empresa reservou 100 mil brinquedos para esta ação e pede para responder três perguntas. Ao respondê-las, o criminoso pede para a vítima compartilhar a mensagem de phishing com 10 contatos ou 5 grupos do WhatsApp.
Já a segunda campanha identificada pelo analista de segurança da Kaspersky no Brasil usa o nome da Turma da Mônica. Não é a primeira vez que isso acontece — no começo do mês uma campanha similar, usada para roubar dados de cartão de crédito, também circulou no aplicativo de mensagens.
Nessa mensagem de phishing, para ganhar o suposto combo de historinhas da marca a vítima tem de informar seus dados pessoais: e-mail, número de telefone e nome completo.
No primeiro caso, o objetivo da campanha maliciosa é criar tráfego para sites que mostram propaganda. No último, o dano é indireto, já que o site apenas coleta as informações pessoais da vítima. De qualquer maneira, o criminoso irá monetizar os dados ao vendê-los para campanhas de spam ou sendo pago para que ele mesmo realize o disparo da campanha de spam.
“Para evitar ser vítima, é sempre importante checar os sites oficiais das empresas se a oferta é verdadeira. Na dúvida, ligue para o centro de atendimento ao cliente”, destaca Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.