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Mercado volta a elevar projeções do PIB e da inflação

Previsão para o crescimento econômico do ano que vem foi melhorado pela sexta semana, segundo o Boletim Focus, que foi divulgado nesta segunda (16) pelo BC; estimativas para dólar e Selic não mudaram

Bárbara Leite

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Os economistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) elevaram, pela sexta semana consecutiva, a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas em um país) em 2020 e passaram a ver um crescimento econômico maior neste ano.

O Boletim Focus, que reúne as expectativas de cerca de cem economistas sobre a economia, dólar, juros e inflação, divulgado nesta segunda-feira (16), mostra ainda que o índice de preços medido pelo IPCA deve fechar 2019 com alta de 3,86%, acima dos 3,84% previstos na semana anterior. Trata-se da sexta revisão para cima da inflação consecutiva. Já a projeção para 2020 ficou inaletarada em 3,60% pela sexta semana.

PIB maior

As revisões para a alta da economia ocorrem após a divulgação do PIB brasileiro do terceiro trimestre, que cresceu 0,6%, acima das estimativas, e de uma produção industrial com o melhor outubro em sete anos.


Nesta semana, a previsão dos economistas é que o país cresça 1,12%, ante 1,10% previstos na semana anterior. O Itaú Unibanco foi uma das instituições que melhorou as estimativas para o PIB nós últimos dias. Agora, os economistas do banco prevêm uma alta de 1,2%, contra 1% antes; para 2021, o banco espera um crescimento de 3%.

A previsão para o PIB para 2020 dos economistas ouvidos no Focus também teve uma alta ligeira, de 2,24% para 2,25%, no sexto reajuste semnal seguido.

As estimativas para o dólar de 2019 e 2020 mantiveram-se inaletaradas, após terem sido revistas na semana anterior. O mercado acredita que a moeda americana termine o ano em R$ 4,15 e 2020 em R$ 4,10.

A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, para 2020 também não mudou, e está em 4,50% ao ano. Ou seja, o mercado acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC não mexa na taxa durante todo 2020. Na semana passada, a taxa caiu de 5% para 4,50% ao ano, o quarto corte consecutivo, e renovou a mínima histórica. O comunicado que acompanhou a decisão deixou a porta aberta a novas baixas, mas as estimativas gerais do mercado não registraram mudanças.

Já o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic a 4,25% ao final do próximo ano.

Confira as novas estimativas do Boletim Focus:

  • Selic: 4,50% (2020)
  • PIB: 1,12% (2019) e 2,25% (2020)
  • IPCA: 3,86% (2019) e 3,60% (2020)
  • Dólar: R$ 4,15 (2019) e R$ 4,10 (2020)

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