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Veja as últimas do coronavírus: 1ª morte fora da China, US$ 174 bi e menos voos, entre outras
As Filipinas confirmaram a primeira morte pelo surto, que já matou outras 304 e infectou 14.380; o BC chinês anunciou medidas para ‘acalmar’ o mercado na volta das Bolsas nesta segunda; mais companhias suspendem viagens e restringem entrada de chineses: Confira estas e outras novidades sobre a epidemia chinesa
O coronavírus, que tem pressionado o dólar e levado a queda nas Bolsas, segue no centro das atenções do mundo inteiro. Neste domingo (2), as Filipinas anunciaram a primeira morte fora da China, mais companhias aéreas suspenderam os voos para o país asiático e militares vão ajudar a tratar pacientes.
Além disso, o banco central chinês anunciou uma injeção de US$ 174 bilhões para conter a queda da moeda e das ações na volta da Bolsa chinesa nesta segunda (3), as negociações do “after-market” foram suspensas no mercado acionário local e saíram os dados de queda das viagens durante a semana passada, feriado do Ano-Novo Lunar.
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Confira abaixo mais detalhes das última novidades sobre o coronavírus, que já matou 304 e infectou outras 14.380.
1ª morte fora da China; Índia tem 2º caso
Primeira morte por coronavírus fora da China é registrada nas Filipinas. Autoridades locais disseram que a vítima é um chinês de 44 anos, oriundo da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto. Há ainda nas Filipinas um 2º caso da doença, da companheira do paciente que morreu.
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Também a gigante Índia anunciou o segundo caso confirmado da doença.
No Brasil, há 16 casos suspeitos de terem contraído o coronavírus.
Mais voos cancelados para a China e restrições a entrada de chineses
Indonésia, Omã, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Iraque anunciaram suspensão de voos ou restrições de entrada de chineses em seu país, em iniciativas para conter a disseminação do coronavírus.
A Indonésia anunciou neste domingo (2), que voos para a China vão ficar suspensos a partir desta quarta (5), em meio a um número crescente de mortes e infecções pelo mortal coronavírus.
O país do sudeste asiático, de 264 milhões, também suspenderá sua política de emissão de vistos na chegada a cidadãos chineses, disse o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi. Os estrangeiros que visitaram a China nos últimos 14 dias também serão impedidos de entrar.
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A grande maioria das mortes e infecções por coronavírus está em Wuhan, China, onde o vírus apareceu pela primeira vez.
A Nova Zelândia elevou seu aviso de viagem para a China para “Não viaje”, recomendando que seus cidadãos deixem o país o mais rápido possível. Também disse que colocará restrições temporárias de entrada para estrangeiros com histórico recente de viagens na China. As restrições entrarão em vigor nesta segunda-feira (3) e permanecerão em vigor por 14 dias.
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O governo da Nova Zelândia disse que revisará essa posição a cada 48 horas.
A Coreia do Sul proibiu viajantes que visitaram a província de Hubei, na China, o centro do surto de coronavírus. A proibição entrará em vigor nesta terça-feira (4), disse o primeiro-ministro da Coréia do Sul, Chung Sye-kyun, no domingo, segundo a agência de notícias local Yonhap.
O Iraque está impedindo a entrada de todos os estrangeiros vindos da China, informou seu ministério do Interior neste domingo. O país do Oriente Médio recebe trabalhadores da China National Petroleum Corp, um de seus principais investidores estrangeiros.
Neste sábado (1º), a Delta Airlines anunciou que antecipou as suspensões dos voos e elas já começaram já neste domingo (2) e vão até 30 de abril. A American Airlines vai em 27 de março.
A United Airlines, que tem o maior serviço para a China de todas as companhias aéreas dos EUA, diss que também suspende todos os vôos para Pequim, Xangai e Chengdu da próxima quinta, 6 de fevereiro, até 28 de março.
Injeção de US$ 174 bilhões para ‘acalmar’ mercados; ‘after-market’, vendas a descoberto e crédito para empresas afetadas
O Banco Popular da China (banco central chinês) anunciou neste domingo (2) que vai colocar 1,2 trilhão de yuans (US$ 174 bilhões) no mercado nesta segunda (3), para garantir liquidez na volta da Bolsa, tentando amenizar a queda do yuan e das ações.
Nesta segunda-feira, as Bolsas de Xangai e de Shenzhen, fechadas há 10 dias, vão retomar as negociações.
Também foi informado que as Bolsas chinesas não terão negociações após fechamento do mercado, o chamado “after-market”, por tempo indeterminado.
De acordo com o 21st Century Business Herald, o regulador de valores mobiliários da China, o CSRC, notificou as corretoras para suspenderem as vendas a descoberto de ações a partir desta segunda (3).
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O BC chinês também pediu que os bancos aumentem o volume de crédito concedido e que vai liberar 300 bilhões de yuans (US$ 42 bilhões) em recursos para ajudá-los a emprestar mais para uma lista de empresas afetadas. As instituições foram orientadas a não tirar empréstimos de empresas afetadas pelo vírus, especialmente as menores.
Militares no hospital em Wuhan
A China enviará 1.400 equipes médicas militares para assumir o hospital Huoshenshan em Wuhan e eles começarão a tratar pacientes com coronavírus nesta segunda-feira (3), segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
Neste sábado à noite, domingo na China, foram anunciadas mais 45 mortes registradas nas últimas horas e o número subiu a 304 o número de vítimas fatais da epidemia do novo coronavírus na província de Hubei.
Segundo o boletim da Comissão Nacional de Saúde, em todo país também foram registrados 2.590 novos casos da doença, sendo 1.921 apenas em Hubei, cuja capital Wuhan é o epicentro da epidemia.
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Em Wuhan, houve 849 novos casos e 32 mortes no último dia. A cidade de Huanggang, também na província de Hubei, está sendo outra das mais afetadas, com 276 casos relatados.
Queda de 24,2% nas viagens no feriado
As viagens de passageiros da China em 1º de fevereiro, o 8º dia do Ano Novo Lunar, caíram 85,9% em relação ao ano anterior, para 13,18 milhões, segundo o ministério dos Transportes.
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Entre 10 de janeiro e 1º de fevereiro, as viagens de passageiros recuaram 24,2% ante o mesmo período de 2019 para 1,27 bilhão, enquanto as viagens ferroviárias tiveram um tombo de 14,6%, para 191 milhões.
*Com CNBC e Bloomberg