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Tensão militar derruba Bolsas na Europa; ouro chega a recorde de 2013 e petróleo vai a US$ 70

Crise entre EUA e Irã se agrava no fim de semana, e aversão a risco domina humor do mercado nesta segunda (6)

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Mercados seguem com temor de um conflito armado entre EUA e Irã- Foto: Pixabay

A tensão no Oriente Médio se agravou neste fim de semana com ameaças trocadas entre EUA e Irã, fazendo os investidores se afastarem de ativos de risco nesta segunda-feira (6). Na Europa, as Bolsas negociam com perdas, o ouro registra as maiores cotações desde 2013 e o petróleo sobe e vai aos US$ 70 por barril.

Pelas 8h30,o principal índice da Bolsa da Alemanha recuava 1,59%, da Bélgica (-1,33%), da Espanha (-0,81%), da França (-1,10%), de Itália (-1,48%), Portugal (-0,45%) e Reino Unido (-0,98%).

O mercado reagia negativamente aos anúncios deste fim de semana. No sábado (4), o presidente dos EUA, Donald Trump alertou que tem 52 alvos no Irã e que irá atacá-los “muito rapidamente e de forma muito dura” se o governo iraniano acertar qualquer cidadão ou propriedade americana, em retaliação pela morte do general Qassem Soleimani, líder da Força Quds, divisão da Guarda Revolucionária do Irã responsável por operações no exterior, figura proeminente no regime iraniano.

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Neste domingo (5), como resposta imediata à morte do general, o Irã anunciou que não irá cumprir o acordo nuclear de 2015, prometendo um enriquecimento ilimitado de Urânio.

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 Entretanto, o  Pentágono enviou 3,5 mil novos homens para reforçar a segurança no Golfo Pérsico. No sábado, a embaixada americana em Bagdá e uma base aérea iraquiana que abriga soldados americanos foram alvos de ataques de morteiros. Além disso, o parlamento do Iraque votou pela expulsão das tropas americanas do país.

Ouro na maior cotação de seis anos

A aversão ao risco faz o ouro virar opção de refúgio para os investidores. O metal precioso continua se a valorizando nesta segunda, atingindo o nível mais elevado em mais de seis anos.

Pelas 8h50, o ouro subia 1,86% para os US$ 1.581 por onça-troy (,no maior patamar desde de abril de 2013.

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Segundo a Bloomberg, os analistas da Goldman Sachs consideram que o ouro é mais “eficaz” para os investidores se protegerem do possível conflito armado entre EUA e Irã do que o petróleo. 

O ouro está forte desde início do ano. De acordo com o analista Gavin Wendt da MineLife Pty, citado pela Bloomberg, “é fácil perceber” a procura por ouro com incerteza nas relações comerciais dos EUA com a China e agora com tensão entre os americanos e o Irã.

Petróleo tem novo dia de alta e vai a US$ 70

Depois de ter encerrado com alta de 3,60% na última sexta (3) com a morte do general iraniano, o petróleo Brent, negociado em Londres e referência para a Petrobras, subia 1,60% para US$ 69,70 o barril, pelas 9h. Mais cedo, a commodity (matéria-prima) foi aos US$ 70,75.

Já o petróleo WTI, negociado nos EUA, cotava nos US$ 63,88 o barril, com uma alta de 1,32%. Antes, estava nos US$ 64,72.

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Durante o fim de semana, a administração americana afirmou que há um “risco acrescido” de ataques de mísseis perto das instalações da Saudi Aramco, a maior produtora de petróleo do mundo, a estatal da Arábia Saudita. A última vez que o petróleo negociou nestes níveis foi exatamente quando em setembro as instalações da Saudi Aramco foram atacadas.


 

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