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Poupança perde R$ 25 bilhões em 2019 e tem menor captação em 3 anos

Caderneta fechou o ano passado com saldo de R$ 13,327 bilhões, o mais baixo desde 2016, segundo o BC; queda do rendimento e desemprego ainda alto podem explicar ‘fuga’; veja opções na renda fixa que podem render mais que a caderneta

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Caderneta teve melhor captação em dezembro, mês em que a taxa Selic caiu a 4,5% e reduziu o ganho da aplicação-Foto: Pixabay

A caderneta da poupança perdeu recursos em 2019. De acordo com o Banco Central (BC), a poupança fechou o ano com captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 13,327 bilhões, um valor R$ 25 bilhões menor do que o registrado no fim de 2018, quando R$ 38,26 bilhões estavam aplicados na caderneta.

Segundo os dados divulgados nesta terça (7), 2019 teve a menor captação desde 2016, quando R$ 40,701 bilhões deixaram a caderneta de poupança.

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No ano passado, os depósitos somaram R$ 2,475 trilhões e, os saques, R$ 2,461 trilhões. A “perda” de recursos se deu em meio à queda da taxa básica de juros, a Selic, que deixou o ganho da poupança menor, já que o rendimento da poupança segue a fórmula: 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR, que hoje é igual a zero).

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Em dezembro, a Selic caiu a 4,50% ao ano, deixando o rendimento da caderneta em 3,15% ao ano, perdendo para a inflação, que deve fechar o ano, acima de 4%.

Mas foi exatamente em dezembro que a poupança teve o melhor mês do ano, quando atraiu R$ 17,2 bilhões.

Também o desemprego ainda alto, atingindo quase 12 milhões de pessoas, também pode explicar as retiradas da caderneta no ano.

Poupança: melhor fugir? Para onde?

A poupança só segue como alternativa de investimento para quem nunca investiu. “Vale a pena a poupança porque para esse investidor não importa só o rendimento, mas o ato de poupar parte do que ganha. É melhor aplicar na poupança do que não investir em nada e não ter reserva nenhuma”, avaliou a educadora financeira Cíntia Senna.

Entre as alternativas à poupança estão CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que pagam mais que 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, que é um índice de referência de investimentos em renda fixa). Bancos menores têm CDBs com essas características.

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Também títulos do governo brasileiro são melhores opções na renda fixa do que a poupança. Para o curto prazo, a dica são os títulos Tesouro Selic; para médio e longo, os Tesouro IPCA+ de prazos maiores.

Segundo Cíntia, também as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que não pagam Imposto de Renda (IR) e dão retorno acima de 85% do CDI, são boas alternativas no novo cenário de juros baixos.

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