Coronavírus chega ao Canadá e Austrália; mortes sobem a 52 e Hong Kong declara emergência

O surto de coronavírus está acelerando e já chegou a 15 países, além da China, onde a doença surgiu. O número de mortes subiu a 52 pessoas e atingiu outras 1.409 no país asiático, enquanto o Canadá, Austrália e Malásia confirmaram os primeiros casos neste sábado (25). Hong Kong, após cinco mortes, declarou emergência, e a China vai suspender todas as viagens turísticas que partem do país para tentar conter a doença e construir dois hospitais de emergência para atender os pacientes.

O presidente chinês disse neste sábado (25) que o vírus está se espalhando de maneira acelerada e que o país enfrenta uma “situação grave”.

EUA, Reino Unido e França já anunciaram que vão evacuar cidadãos de seus países da cidade chinesa de Wuhan, que tem 11 milhões de habitantes e onde o surto começou.

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“Dada a grave situação de uma epidemia que se acelera, é necessário fortalecer a liderança centralizada e unificada do Comitê Central do Partido”, disse em coletiva de imprensa Xi Jinping. 

Mortes sobem a 52 e casos passam de 1.400 na China

Foi confirmado neste sábado (25), que o número de casos em Wuhan já chegou a 1.409. Até ao momento, 52 morreram na China com a pneumonia provocada pelo vírus.

Outras 129 estão em estado grave, segundo o Spectator Index.

China proíbe viagens ao exterior

As restrições de excursões para o exterior passam a valer a partir de segunda-feira (27). De acordo com a Associação de Turismo da China, as viagens domésticas já estavam sob restrição desde sexta-feira (24). Uma empresa chinesa de transporte por aplicativos informou que, a partir de domingo (26), as corridas intermunicipais, partindo ou chegando de Pequim, também serão restringidas.

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Na sexta (24), nove cidades, com cerca de 40 milhões de pessoas, já haviam sido isoladas, incluindo Wuhan.

2º hospital em Wuhan por conta do surto

Wuhan construirá um segundo hospital de emergência com 1.300 leitos para tratar pacientes com coronavírus, segundo o governo chinês. As informações são do People’s Daily ddeste sábado (25).

A construção está prevista para ser concluída em 15 dias. O primeiro hospital, que vai atender 1 mil pessoas e deve ser lançado em 3 de fevereiro, foi anunciado nesta sexta.

Coronavírus em 4 continentes: Austrália, Malásia e Canadá têm primeiros casos

Até o momento, além da China, que tem o maior número de confirmações da doença, 15 países em quatro continentes já identificaram e isolaram pacientes com coronavírus.

Neste sábado (25), a doença foi registrada na Malásia, na Austrália e agora à noite no Canadá. Quatro pacientes foram diagnosticados com a doença respiratória no país do sudeste asiático, enquanto o caso australiano se tornou o primeiro na Oceania. Mais tarde, a Austrália já confirmou 4 casos por lá. 

No Canadá, um homem está em isolamento em um hospital canadense, o Sunnybrook Health Sciences Centre, infectado com o coronavírus, após ter viajado para Wuhan, de onde retornou em 22 de janeiro.

Na sexta-feira (24), os EUA confirmaram o segundo caso, e as Bolsas derreteram e o dólar subiu. O Ibovespa, índice de referência da B3 (Bolsa de valores brasileira), caiu 0,96% e fechou em 118.376 pontos, depois de ter batido recorde de 119.527 pontos na semana. Já a moeda americana ficou nos R$ 4,186, uma alta de 0,45%.

A França registrou três casos, os primeiros na Europa. Também há casos no Nepal, na Tailândia, Vietnã, Taiwan, Singapura, Macau, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Japão.

Na Austrália, o caso confirmado é de um homem que chegou a Melbourne, no sudeste do país, há uma semana procedente da cidade de Wuhan. Segundo as autoridades australianas, ele está isolado com pneumonia e seu quadro é estável.

Veja lista de países que já registraram casos do coronavírus:

Fonte: National Health Commission of China

Hong Kong declara emergência; escolas fecham até 17 de fevereiro e maratona é cancelada

O governo de Hong Kong declarou emergência com o surto de coronavírus e vai fechar escolas primárias e secundárias até o dia 17 de fevereiro. A chefe do Executivo da cidade, Carrie Lam, também anunciou neste sábado (25), um bloqueio dos transportes para a cidade de Wuhan.

Hong Kong já confirmou cinco casos do novo vírus, o país com maior número de casos, depois da China.

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Uma maratona que ocorreria em Hong Kong em algumas semanas foi cancelada por seus organizadores devido ao medo do surto de coronavírus, disseram os organizadores.

Os 70 mil participantes do evento receberão reembolso. Além disso, outros eventos de grande escala, incluindo o Festival da Primavera e o Festival das Lanternas, serão cancelados.

Países evacuam emigrantes e diplomatas

EUA, França e Reino Unido já anunciaram que estavam planejando transporte para evacuar diplomatas e cidadãos de seus países da cidade de Wuhan, epicentro do surto.

O avião, com cerca de 230 pessoas, levará, neste domingo (26), diplomatas do consulado dos EUA, bem como cidadãos americanos e suas famílias da cidade chinesa.

A França divulgou nota afirmando que estava “considerando … montar um serviço de ônibus que permitisse que cidadãos franceses, seus cônjuges e filhos deixassem Wuhan”.

O Ministério das Relações Exteriores da França criou uma linha telefônica de emergência. No sábado, um funcionário que atendeu a linha disse à FRANCE 24 que os detalhes do transporte de ônibus ainda estavam sendo elaborados, mas que o plano era levar cidadãos franceses presos em Wuhan para outra cidade chinesa, onde passariam 14 dias em quarentena antes de serem permitido seguir em frente.

O Reino Unido também deve retirar 200 cidadãos britânicos da cidade chinesa.

Vírus pode ter sido criado em laboratório

A epidemia mortal que se espalhou globalmente pode ter se originado em um laboratório de Wuhan, vinculado ao programa secreto de armas biológicas da China, segundo um especialista israelense em guerra biológica, Dany Shoham, de acordo com o “The Washington Times”.

A Radio Free Asia retransmitiu nesta semana uma reportagem local da televisão Wuhan de 2015 mostrando o laboratório de pesquisa de vírus mais avançado da China conhecido como Instituto Wuhan de Virologia, informou a Radio Free Asia.

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O laboratório é o único local declarado na China capaz de trabalhar com vírus mortais.

“O trabalho em armas biológicas é conduzido como parte de uma pesquisa civil-militar dupla e é “definitivamente secreto”, disse ele por e-mail ao jornal americano.

*Com CNN, G1 e agências