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IPOs: C&A fecha em alta de 3% no dia de estreia na Bolsa; BMG cai 0,86%
Rede varejista de moda e banco mineiro listaram seus papéis no mercado de capitais brasileiro nesta segunda-feira; para o presidente da B3, foi uma “segunda-feira histórica”: “o investidor está buscando se educar, entender o que é correr riscos”
A B3, Bolsa brasileira, teve estreia de dois novos papéis, nesta segunda-feira (28): a rede varejista de moda C&A (CAEB3) e o banco BMG (BMGB11). Na abertura, as ações da rede de varejo subiram 5% frente ao preço que foi definido em seu IPO (Oferta Pública Inicial), operação para listar uma empresa em Bolsa, mas acabaram fechando com uma alta menor. Já o banco mineiro, que abriu estável, caiu no fim.
O preço do primeiro contrato de compra e venda da C&A foi de R$ 17,33, alta de 5% em relação ao valor fixado no IPO, que foi de R$ 16,50, o piso do intervalo sugerido pela empresa. No fechamento, a ação da varejista ficou nos R$ 17,01, uma alta de 3,09% frente ao preço definido no IPO.
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Já o valor do primeiro contrato do BMG, que até ter o aumento de capital homologado pelo Banco Central, só vai negociar units, foi de R$ 46,40, mesmo valor em que foi precificada cada unit do banco. No fechamento, a unit do banco mineiro terminou nos R$ 46, uma queda de 0,86% em comparação ao preço definido na oferta inicial.
Cada unit dá direito é composta por 1 ação preferencial, que teve preço definido no IPO de R$ 11,60 e 3 recibos de subscrição de ação preferencial. Cada recibo dará direito a receber 1 ação preferencial após a aprovação do aumento de capital pedido pelo BMG ao Banco Central.
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A oferta do BMG movimentou R$ 1,391 bilhão, enquanto a da C&A girou R$ 1,63 bilhão.
‘Segunda-feira histórica’
Com as duas companhias, a B3 soma cinco IPOs em 2019, que já teve a Neoenergia, Centauro e a Vivara.
Gilson Finkelsztain, presidente da B3, destacou que esta segunda-feira, dia 28 de outubro, é histórica, com dois IPO acontecendo no mesmo dia. “A gente está vivendo no Brasil um momento único, de inflação baixa e taxas de juros baixas, reforma da Previdência e quem sabe vêm aí reformas administrativas, consolidando esse compromisso fiscal do nosso governo. É um marco que permite estabilidade fiscal e crescimento econômico”, contou, na cerimônia de estreia do C&A.
Para Finkelsztain, “esse novo cenário faz com que os investidores mudem a forma de olhar ativos no mercado, o investidor está buscando se educar, entender o que é correr riscos e o que é ser sócio de empresas boas e grandes e não dá mais você deixar o seu dinheiro em CDI e você achar que liquidez e juro alto vão ser o mote de um país em crescimento”.
Paulo Correa, presidente da C&A Brasil, disse que a estreia em Bolsa “é um marco muito importante para a C&A Brasil. A C&A tem uma história longa e muita rica neste país. Tanto que a gente é conhecido como a marca mais brasileira do nosso segmento mas é a única que não é brasileira de origem. Começamos em 1976 no shopping Ibirapuera, e somos a segunda maior operação da C&A no mundo”.
A rede inovou e fez um desfile de moda na B3 antes da abertura do mercado.
Já para Marcos Antunes, diretor executivo geral do BMG, o IPO é um “momento histórico para o banco”. Segundo ele, a instituição financeira tem “um grande desafio pela frente. A nossa caminhada é longa e temos como nossa missão simplificar e popularizar os serviços financeiros no Brasil”.