Economia
Guedes pede paciência e reitera que reformas são necessárias para economia reagir
Ministro da Economia comentava a prévia do PIB que sinaliza que economia entrou em recessão no segundo trimestre de 2019
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta segunda-feira (12) paciência com a recuperação da economia, chamando atenção para erros de política econômica do passado e argumentando que a atual equipe assumiu há pouco tempo.
“Achando que faziam bem, seguraram os preços da energia elétrica, quebraram o setor elétrico. Depois quebraram o setor de petróleo. Depois quebraram os fundos de pensão. Depois a economia parou. E agora em cinco, seis meses (dizem) ‘o Brasil não está andando, culpa do novo governo’”, disse.
A declaração do ministro ocorre após o Banco Central (BC) divulgar nesta segunda (12) o IBC-Br, uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas em um país), que indicou que o país entrou em recessão no segundo trimestre deste ano. O indicador teve recuo de 0,13% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores. Como país já havia caído 0,2% no primeiro trimestre, configura-se uma recessão técnica: quando a economia tomba por dois trimestres seguidos.
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“Ora, senhores, quem governou trinta anos no Brasil —a social democracia— que fez muitas coisas boas, dê um ano ou dois. Dê uma chance de um governo de quatro anos para a liberal democracia. Não trabalhem contra o Brasil, tenham um pouco de paciência. Saibam esperar a sua vez. Já nós esperamos tantas vezes o revezamento”, prosseguiu ele, em seminário no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Guedes reiterou ainda a necessidade de reformas na economia para a atividade deslanchar.
“É uma sequência de reformas. Não é uma reforma, não são duas, nem três. São muitas reformas”, disse.
O evento do STJ debateu a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica que, editada pelo governo no final de abril, estabelece medidas para reduzir o papel do Estado na criação e gestão de negócios.
Durante sua fala, Guedes afirmou que os três principais pilares da MP são o estabelecimento dos direitos do empreendedorismo, a limitação dos abusos do Estado, de forma a estimular a concorrência privada, e a garantia da segurança jurídica.
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A MP está na pauta do plenário da Câmara desta terça-feira. O texto precisa ser aprovado até o fim deste mês para não perder a validade.
*Com agência Reuters