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Um terço dos brasileiros usa cartão de crédito para complementar renda

Segundo o Instituto Locomotiva, dependência é maior entre as classes mais altas; pedir dinheiro a parentes é recurso da classe C para quitar as contas; fintechs são fonte de crédito para 2%

Bárbara Leite

Publicado

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Quem mora no Sudeste recorre mais ao cartão de crédito para conseguir chegar ao final do mês, diz instituto–Foto: Reprodução

Um terço dos brasileiros recorre ao cartão de crédito para complementar a renda mensal, e o uso do meio de pagamento para extensão do rendimento é maior entre as classes mais altas. A conclusão é de uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva.

“Muita gente fecha o mês sem dinheiro para pagar todas as contas e, então, recorre ao cartão de crédito – pessoal ou de parentes – para conseguir chegar até o final do mês”, analisa o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles.

De acordo com o instituto, as classes A e B dependem mais do que do cartão: 44% dizem que usam o cartão como fonte de crédito, enquanto esse volume é de 30% para a classe C e de 20% nas classes D e E.

Além do cartão, o empréstimo de parentes é outra das principais fontes de renda no país. Na classe C, ao contrário, a maior parte das pessoas (38%) diz pedir empréstimo para familiares, enquanto só 25% das classes A e B recorrem aos parentes. 

Fontes de crédito dos brasileiros:

Parentes: 33%
Cartão de crédito: 33%
Bancos: 26%
Amigos:21%
Financeiras: 12%
Fiado em lojas: 11%
Fintechs: 2%

Fonte: Instituto Locomotiva

Comparando as regiões do país, os brasileiros que vivem no Sudeste recorrem mais ao cartão de crédito (39%) do que quem vive no Norte (17%) ou no Nordeste (19%). Nesses locais, ao contrário, sobem os índices de pessoas que conseguem dinheiro emprestado com familiares (46% no Norte e 40% no Nordeste).

Para o presidente do instituto, Renato Meirelles, os números refletem o lugar que o cartão de crédito ocupa para grande parte das famílias brasileiras.

2% pedem empréstimos em fintechs

De acordo com o levantamento, 2% da população diz buscar crédito em fintechs (empresas que oferecem serviços financeiros 100% digitais).

Segundo Meirelles, isso é um indicativo de que, ao menos por enquanto, as novas instituições bancárias ainda não conseguem oferecer produtos acessíveis.

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