A caderneta da poupança voltou a atrair investimentos em agosto, no terceiro mês positivo de 2019, mas a captação líquida (diferença entre depósitos e retiradas), que somou R$ 1,315 bilhão, é 77,55% menor que o registrado um ano antes (R$ 5,862 bilhões), segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (5).
O resultado do mês passado é o pior para agosto desde 2016, quando a caderneta teve perda de R$ 4,466 bilhões.
De acordo com o BC, os depósitos na poupança alcançaram R$ 203,817 bilhões em agosto, enquanto as retiradas somaram R$ 202,5 bilhões
No ano, apesar da captação positiva no mês passado, a caderneta ainda segue negativa, com saída líquida de R$ 14,789 bilhões. Um ano antes, a mais popular aplicação financeira do país tinha entrada acumulada nos primeiros oito meses de R$ 16,960 bilhões.
A queda na atração da poupança está ligada à sua rentabilidade em meio a uma taxa básica de juros, a Selic, no menor patamar da história.Além de permanecer baixo durante o resto do mundo, em agosto, o ganho da caderneta caiu mais, de 4,55% para 4,20% ao ano, após o corte na Selic, no dia 31 de julho, de 6,5% ao ano para 6%.
O desemprego ainda alto também pesa e leva à retirada dos recursos para se fazer frente ao pagamento das despesas do dia a dia.